Uma organização dedicada à defesa de direitos humanos, a Global Witness, partilhou uma nova investigação que acusa o TikTok de ter um algoritmo que recomenda conteúdo pornográfico e conteúdo altamente sexualizado a utilizadores com 13 anos de idade.
A investigação teve como ponto de partida a criação de sete contas no TikTok no Reino Unido onde foi indicado que os utilizadores tinham 13 anos - a idade mínima para criar uma conta na rede social de acordo com as regras da própria plataforma. Mais ainda, as contas foram criadas em telemóveis completamente novos, sem qualquer tipo de histórico de navegação ou de utilização.
A Global Witness nota que, apesar de ter sido ativado um modo que limita a exposição dos utilizadores a conteúdo mais sensível, as sugestões de pesquisa do TikTok foram “altamente sexualizadas”. Conta a BBC que os investigadores descobriram mesmo vídeos de relações sexuais integrados em outros conteúdos, contornando assim com sucesso as políticas de moderação de conteúdo da empresa.
“O TikTok não está apenas a falhar em impedir que as crianças acedam a conteúdo impróprio - está a sugeri-lo assim que criam contas”, pode ler-se no comunicado da Global Witness, que nota que as descobertas que resultaram desta investigação foram um “grande choque” até para os envolvidos.
Do seu lado, o TikTok partilhou um comunicado com o site The Guardian onde referiu que, assim que foi contactado pela Global Witness, tratou de remover os vídeos apontados e fez alterações ao algoritmo que sugere novas pesquisas.
“Assim que ficámos ao corrente destas alegações, agimos de imediato para os investigar, remover conteúdo que violasse as nossas políticas e lançámos melhorias à nossa funcionalidade de sugestão de pesquisas”, pode ler-se no comunicado partilhado por um porta-voz do TikTok com a publicação britânica.
