A informação de que o ministério das Relações Exteriores de França está a desenvolver uma estratégia que pretende neutralizar as campanhas de desinformação que afetam o país, de forma a conduzir a uma resposta visível e energética, foi divulgada pela agência France Presse (AFP).
Além de ferramentas de monitorização para detetar e analisar precocemente as campanhas de desinformação, a estratégia engloba ferramentas de resposta rápida para não deixar campo livre para atores de desinformação.
Em particular, criou uma conta de resposta na rede social X que inclui uma parte de automatização, intitulada 'French Response'.
Em atividade deste o início do mês, esta conta foi concebida para reagir a ataques considerados falsos, projetando diretamente as respostas francesas em conversas consideradas hostis.
Algumas das intervenções mais recentes desta conta estão relacionadas com a presença do Presidente francês, Emmanuel Macron, e de outros chefes de Estado em Nova Iorque, para participarem no debate de alto nível no âmbito da 80.ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Em agosto, o Ministério das Forças Armadas francês anunciou que a França tem sido alvo de uma "campanha de desinformação sem precedentes" com origem na Rússia, acumulando milhões de visualizações.
"França enfrenta uma campanha de desinformação sem precedentes, orquestradas por círculos pró-russos", através de uma operação coordenada entre diferentes entidades que pretende polarizar a sociedade, enfraquecer o apoio à Ucrânia e fraturar a coesão francesa.
Em julho, o grupo alemão sem fins lucrativos WeMove Europe desenvolveu um relatório, que afirma que a rede social X não compre as regras implementadas pela União Europeia (UE) e mantém 'online' conteúdo desinformativo de meios de comunicação sancionadas pela UE e com origem na Rússia.
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