O Departamento de Segurança Nacional dos EUA partilhou esta semana um vídeo nas redes sociais onde mostrava uma montagem de detenções de imigrantes acompanhada por imagens e música da série animada ‘Pokémon’ - nomeadamente ‘Gotta Catch ‘Em All’ ou, em português, ‘Vamos Apanhá-los’.
Além das reações negativas dos internautas, muitos foram os que se perguntaram se a Nintendo ou a The Pokémon Company teria algum tipo de ação legal. Sobretudo tendo em conta que, historicamente falando, a empresa japonesa nunca teve qualquer pudor em proteger a imagem da sua propriedade intelectual - com a produtora de ‘Palworld’ a ser o mais recente exemplo.
A Nintendo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o tema mas, questionada sobre o site Polygon, a The Pokémon Company International lançou um comunicado onde disse estar informada sobre a situação, sublinhando que não teve qualquer envolvimento na produção do vídeo.
“Estamos ao corrente de um vídeo recente publicado pelo Departamento de Segurança Nacional que inclui imagens e linguagem associados à nossa marca”, pode ler-se neste comunicado. “A nossa empresa não esteve envolvida na criação ou distribuição deste conteúdo e não foi dada permissão para o uso da nossa propriedade intelectual”.
Gotta Catch ‘Em All. pic.twitter.com/qCvflkJGmB
— Homeland Security (@DHSgov) September 22, 2025
Apesar deste comunicado, a The Pokémon Company International não adiantou se tomaria alguma ação legal em relação ao vídeo e, de acordo com um antigo responsável por assuntos jurídicos que passou quase 12 anos na empresa, Don McGowan, há poucas hipóteses de o vir a fazer.
“Se ainda estivesse na empresa, não tocaria nisto e eu sou o Chief Legal Officer mais impulsivo que alguma vez conheci”, afirmou McGowan em declarações enviadas ao site IGN. “Isto vai passar numa questão de alguns dias e eles ficarão felizes por isso”.
Se a Nintendo ou a The Pokémon Company International pretende ou não tomar algum tipo de ação legal, teremos de aguardar por mais detalhes.
Leia Também: EUA deportaram quase 300 portugueses durante primeiro mandato de Trump
