A relação de colaboração entre as duas empresas complicou-se nos últimos meses, devido ao aumento da concorrência e às ambições da empresa proprietária do ChatGPT para deixar de ser uma organização sem fins lucrativos, o que contraria os interesses da Microsoft.
Agora, as duas tecnológicas atualizaram a situação com vista à "próxima fase da sua colaboração", através de um novo memorando de entendimento não vinculativo, tal como anunciaram em comunicado conjunto.
Segundo explicaram, as empresas estão "a trabalhar ativamente" para concretizar os termos contratuais num acordo definitivo, mas o seu objetivo centra-se em "oferecer as melhores ferramentas de IA para todos", tendo em conta o compromisso partilhado entre ambas em matéria de segurança.
Embora a informação não tenha sido divulgada, prevê-se que o novo acordo renegocie os termos financeiros inicialmente estabelecidos, no que diz respeito à forma como as empresas partilham as receitas e o acesso às tecnologias de IA, informa o The New York Times, citado pela agência Europa Press.
O jornal americano também refere que o novo acordo modifica uma cláusula que estabelece que a Microsoft não pode aceder à tecnologia mais potente da OpenAI, caso a empresa decida que esta atingiu a inteligência artificial geral (AGI).
A parceria entre a Microsoft e a OpenAI remonta a 2019, quando começaram a unificar as suas tecnologias com o objetivo de implementar novas capacidades de computação Azure (plataforma de armazenamento que procura criar, executar e gerir aplicações em diferentes nuvens) para treinar modelos de grande linguagem (LLM) e acelerar o avanço da IA.
Após uma alteração no acordo de colaboração em janeiro, a OpenAI deixou de depender da infraestrutura da Microsoft e do seu supercomputador Azure para treinar os seus modelos, tendo sido definido, que até 2030, a Microsoft mantém os direitos sobre a propriedade intelectual da OpenAI.
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