De acordo com a Administração do Ciberespaço da China, entre os casos identificados estão perfis em plataformas como Weibo -- equivalente chinês da rede X, bloqueada no país --, WeChat ou Baijiahao, que usavam nomes, logótipos ou imagens semelhantes aos de órgãos oficiais para publicar notícias alegadamente falsas.
O regulador indicou que foram também eliminadas contas que realizavam entrevistas e reportagens sem licença, outras que utilizavam fotografias de apresentadores da televisão estatal para reforçar publicações sensacionalistas, bem como várias que, segundo as autoridades, difundiam informações falsas ou difamatórias sobre empresas.
A medida insere-se numa série de campanhas lançadas recentemente para reforçar o controlo sobre o espaço digital: em julho, as autoridades intensificaram a supervisão sobre vídeos curtos com conteúdos considerados enganadores e, em fevereiro, anunciaram o encerramento de mais de 10.000 portais 'online' desde o início do ano.
Nos últimos anos, os reguladores chineses têm promovido diversas campanhas contra comportamentos como ostentação de riqueza, "informações falsas", "conteúdos inapropriados" e "valores erróneos" nas redes sociais, o que levou ao encerramento de milhares de contas.
A China é o país com mais utilizadores da Internet no mundo -- mais de 1.100 milhões -- mas também um dos que impõe maior controlo sobre conteúdo 'online': serviços populares no resto do mundo, como Google, Facebook, X (antigo Twitter) ou YouTube, estão bloqueados no país há vários anos.
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