A Meta permitiu que as suas redes sociais e plataformas digitais - como o Facebook, o Instagram e o WhatsApp - tivessem ‘bots’ de conversação com a aparência e nomes de celebridades sem a devida autorização.
Entre as celebridades ‘representadas’ nas redes sociais estão Taylor Swift, Scarlett Johansson e Selena Gomez e, de acordo com a Reuters, atendiam a vários pedidos dos utilizadores como gerar uma imagem sem qualquer roupa na zona do peito e também insistiam que eram pessoas reais e não Inteligências Artificiais.
Alguns destes ‘bots’ foram gerados por pessoas alheias à Meta mas, de acordo com a investigação da publicação norte-americana, pelo menos três deles foram criados por um funcionário da divisão de Inteligência Artificial da Meta.
Um porta-voz da Meta referiu que estes ‘bots’ criados pelo funcionário da empresa foram desenvolvidos como um teste, mas a Reuters descobriu que estão disponíveis para todos os utilizadores e que já contam com mais de 10 milhões de interações.
Conversas com menores
A investigação da Reuters descobriu também que estes ‘bots’ de conversação estão a ter conversas de teor sexual com menores, criando assim o receio que estejam a ter conversas sobre outros assuntos sensíveis como distúrbios alimentares ou auto-mutilação.
Em resposta ao site TechCrunch, uma representante da Meta afirmou que estes ‘bots’ de conversação estão a ser treinados para evitarem estes temas em conversas com menores. No entanto, as medidas criadas pela gigante tecnológica são ainda temporárias e foram criadas enquanto a Meta desenvolve diretrizes permanentes para estes ‘bots’ de Inteligência Artificial.
Sabe-se que a Meta apagou alguns destes ‘bots’ de conversação que foram descobertos pela Reuters, pelo que os utilizadores terão mais dificuldades em encontrar os exemplos mais problemáticos.
Leia Também: Estiveram menos de um mês na Meta e preferiram voltar à OpenAI