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Brasil proíbe "trabalho infantil artístico" no Instagram e Facebook

A justiça brasileira determinou que o Instagram e o Facebook não podem permitir "trabalho infantil artístico" nestas plataformas sem prévia autorização judicial, sob pena de multa diária de 50 mil reais (8,9 mil euros).

Brasil proíbe "trabalho infantil artístico" no Instagram e Facebook

© Lusa

Lusa
28/08/2025 06:10 ‧ há 4 horas por Lusa

A providência cautelar surgiu na quarta-feira, na sequência de um pedido feito pelo Ministério Público do Trabalho, que, na segunda-feira, instaurou uma ação civil contra as plataformas por "permitirem e beneficiarem" da exploração de crianças e "não cumprirem as normas de proteção da lei brasileira" em relação a estas.

 

De acordo com a nota divulgada pelo Ministério Público, a iniciativa não visa impedir a participação artística de crianças nas redes sociais, mas garantir que isso ocorra "dentro dos limites legais e com a devida proteção".

Na ação apresentada pelo órgão está a adoção, por essas plataformas, de "filtros e sistemas" que sejam capazes de identificar conteúdos com a participação de crianças e adolescentes sem aval judicial, e a cláusula de proibição expressa de trabalho infantil na política de segurança ou termos e condições de uso da plataforma.

A juíza Juliana Petenate Salles, responsável pela decisão, argumentou que a exposição de crianças na Internet para fins lucrativos traz "riscos sérios e imediatos" que "podem gerar danos irreversíveis".

Entre eles estão a exploração sexual, a 'adultização', ou seja, a exposição prematura de menores a experiências e responsabilidades adultas, e até o contacto com o álcool e o jogo.

As plataformas, que pertencem ao grupo Meta, ainda podem recorrer da decisão. Consultada pela imprensa brasileira, a Meta decidiu não comentar a decisão judicial.

A 'adultização' de crianças nas redes sociais é um assunto que tem estado no topo da agenda pública nas últimas semanas.

Na quarta-feira, o Senado brasileiro aprovou um projeto de lei para proteger crianças e adolescentes em ambientes digitais, que prevê obrigações tanto para as empresas como para os pais e tutores responsáveis, sob pena de multa financeira.

O texto foi aprovado pelo Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que em diversas ocasiões manifestou apoio à medida.

Leia Também: Estiveram menos de um mês na Meta e preferiram voltar à OpenAI

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