Sam apontou como objetivo para o território "atrair ativamente empresas científicas e tecnológicas de excelência dos países de língua portuguesa", de acordo com um comunicado.
O líder do Governo sublinhou que estas empresas podem estabelecer operações tanto em Macau como na Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, na vizinha Hengqin (ilha da Montanha).
Esta zona económica especial, gerida em conjunto pelas autoridades de Macau e da província de Guangdong, foi lançada pelo Governo Central chinês em 2021, com uma área de cerca de 106 quilómetros quadrados.
Em sentido contrário, Sam prometeu "apoiar as empresas científicas e tecnológicas do interior da China a expandirem para o exterior", aproveitando as vantagens de Macau e os quatro laboratórios de referência do Estado situados na cidade.
O chefe do Executivo falava na terça-feira à noite, num encontro com o ministro da Ciência e Tecnologia chinês, Yin Hejun, que veio a Macau para assinalar a reestruturação dos quatro laboratórios.
Os laboratórios, com sede na Universidade de Macau e na Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, são dedicados às áreas de medicina chinesa, ciência lunar e planetária, microeletrónica e Internet das coisas (comunicação entre objetos e aparelhos).
Horas antes, Yin defendeu que os quatro laboratórios devem "aproveitar o ambiente e as vantagens de Macau", nomeadamente a tradição de "cooperação com o exterior", para contratar mais "talentos internacionais".
Também na terça-feira, o Governo de Macau anunciou que Sam Hou Fai vai visitar Portugal a partir de 16 de setembro, na primeira deslocação ao estrangeiro desde que tomou posse, em dezembro.
O chefe do Executivo - o primeiro líder do território semiautónomo a dominar a língua portuguesa - vai visitar Lisboa e Madrid, entre 16 e 23 de setembro, indicou em comunicado o Gabinete de Comunicação Social.
Em maio, Sam disse que a delegação enviada por Macau a Portugal e Espanha irá incluir empresários dos setores industrial, comercial e financeiro da região e "até certas empresas do interior da China".
Na mesma altura, o líder do Governo defendeu que o território tem de "receber os amigos estrangeiros para investir em Macau e também concretizar os seus sonhos em Macau", principalmente na área da tecnologia avançada.
Sam sublinhou que "podem ser provenientes dos países de língua português e espanhola".
"Desde que sejam a favor da diversificação económica, são sempre bem vindos", acrescentou o dirigente.
Sam defendeu que os empresários locais devem "explorar os mercados de língua espanhola e portuguesa e os mercados de África e o Médio Oriente".
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