O governo de França comunicou que vai avançar com um processo contra a plataforma australiana de streaming Kick, acusando a empresa de negligência no que diz respeito ao caso de Raphael Graven - um homem de 46 anos que morreu durante uma maratona de 12 horas de ‘streaming’.
“A Kick não fez tudo o que era possível para aprar a transmissão de conteúdo perigoso”, afirmou a ministra da Transição Digital de França, Clara Chappaz, de acordo com o The Guardian.
Num comunicado da Kick partilhado na rede social X é declarado que a prioridade da empresa “é proteger os criadores [de conteúdos] e garantir um ambiente seguro”, adiantando ainda que todos os ‘streamers’ que colaboraram na transmissão de Graven foram banidos até que a investigação seja concluída.
Num anúncio em separado, a procuradora Laure Beccuau da cidade de Paris adiantou que o governo Francês vai investigar a plataforma para saber se a Kick tinha transmitido de forma consciente “vídeos de ataques deliberados à integridade pessoal”.
Os investigadores também vão tentar perceber se a plataforma de streaming cumpre as regras europeias presentes na Lei dos Serviços Digitais sendo que, se houver alguma violação, a Kick poderá ser multada em um milhão de euros.
Leia Também: Pais dizem que o ChatGPT foi responsável pela morte do filho de 16 anos