DeepSeek terá tido problemas técnicos com 'chips' de IA da Huawei

A DeepSeek foi incentivada pelo governo chinês a reduzir a dependência de tecnologia estrangeira para treinar Inteligência Artificial mas, devido a problemas técnicos, com os ‘chips’ Ascend’ da Huawei, a empresa viu-se obrigada a voltar a usar os ‘chips’ da Nvidia.

deepseek, empresa

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Miguel Patinha Dias com Lusa
16/08/2025 08:32 ‧ há 2 horas por Miguel Patinha Dias com Lusa

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A DeepSeek, uma das empresas chinesas mais populares dedicadas ao desenvolvimento de Inteligência Artificial, terá decidido adiar o lançamento do sucessor do seu modelo R1 devido a problemas técnicos com os ‘chips’ Ascend da Huawei

 

Diz o Financial Times que o adiamento do R2 prende-se com dificuldades técnicas relacionadas com a adoção dos ‘chips’ de Inteligência Artificial da Huawei - os Ascend. A publicação refere que a DeepSeek foi incentivada pelo governo chinês a adotar tecnologia desenvolvida por empresas do país ao invés dos ‘chips’ desenvolvidos pela norte-americana Nvidia.

Entretanto, dizem as fontes do Financial Times que a DeepSeek terá decidido voltar a usar os ‘chips’ da Nvidia para o treinar o modelo R2 e recorrer aos Ascend da Huawei para inferência.

Serve recordar que a DeepSeek era suposto ter lançado o R2 em maio, com os problemas técnicos a terem obrigado a empresa a adiar a chegada deste novo modelo da Inteligência Artificial.

Os ‘chips’ de Inteligência Artificial têm sido motivo de ‘atritos’ entre os EUA e a China, com as autoridades do país a desaconselhar o uso dos ‘chips’ H20 da Nvidia em setores considerados sensíveis.

No final de julho, o regulador chinês da internet (CAC) convocou a Nvidia para esclarecer alegados riscos de segurança nos 'chips' e apresentar provas de que não contém "portas traseiras", uma acusação que a empresa rejeitou.

Na segunda-feira, a Nvidia voltou a negar que os H20 integrem funções de acesso ou controlo remoto, em resposta a comentários divulgados numa conta de redes sociais associada à televisão estatal CCTV, que citava especialistas segundo os quais seria tecnicamente possível incorporar capacidades de rastreio, localização ou desligamento remoto neste tipo de processadores.

A Nvidia e a AMD aceitaram pagar aos Estados Unidos 15% das receitas obtidas com a venda de 'chips' avançados à China, segundo o jornal The New York Times. A pressão de Pequim poderá agora dificultar essas vendas no mercado chinês.

Leia Também: EUA admitem replicar modelo de partilha de receitas com Nvidia

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