O estudo, intitulado, 'Desinformação GenAI, confiança e consumo de notícias', sugere que a crescente escassez de confiança no ambiente digital pode aumentar o valor da credibilidade jornalística.
Cerca de 17 mil leitores do jornal alemão Süddeutsche Zeitung (SZ) foram aleatoriamente designados para distinguir imagens reais de imagens geradas com IA, resultando num aumento da preocupação com a desinformação e reduzindo a confiança nas notícias.
Esta queda de confiança nas notícias afetou os comportamentos de navegação 'online' pós-pesquisa dos inquiridos, quando as visitas diárias ao conteúdo digital do SZ aumentaram 2,5% imediatamente após o estudo, tendo a retenção de assinantes aumentado 1,1% após cinco meses.
Neste sentido, "os resultados são consistentes com um modelo em que o valor relativo de fontes de notícias confiáveis aumenta com a prevalência de desinformação, o que pode, assim aumentar o envolvimento com os media, mesmo com a redução da confiança no conteúdo noticioso", lê-se no estudo.
Quanto mais os meios de comunicação conquistarem a confiança do público, maior é a oportunidade de criação de receita, sobretudo num cenário de ascensão do conteúdo gerado por IA, referem os investigadores.
O estudo "Desinformação GenAI, confiança e consumo de notícias", realizado em colaboração com o jornal alemão SZ procurou perceber como a desinformação gerada por IA afeta a procura por notícias confiáveis.
O National Bureau of Economic Research (NBER) é também um dos responsáveis pela elaboração do estudo, sendo uma organização privada sem fins lucrativos, sedeada em Massachusetts, nos Estados Unidos da América (EUA).
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