Em comunicado, o organismo indicou que realizou uma inspeção a cinco aplicações - RedNote, Weibo, TikTok, WeChat e Baidu Cloud - com base em 15 indicadores agrupados em cinco categorias: recolha de dados pessoais, utilização excessiva de permissões, transmissão e partilha de dados, extração de informação do sistema e acesso a dados biométricos.
Segundo o Gabinete de Segurança Nacional de Taiwan, as cinco aplicações analisadas apresentaram "violações graves em múltiplos indicadores", destacando-se o caso da RedNote, equivalente chinês do Facebook, que não cumpriu nenhum dos 15 critérios avaliados.
A aplicação Weibo e a rede social TikTok violaram 13 indicadores cada, enquanto o WeChat falhou em 10 e a Baidu Cloud em nove, referiu o gabinete, sublinhando que estas aplicações "representam riscos de cibersegurança muito superiores aos que seriam razoavelmente expectáveis em aplicações convencionais".
O organismo lembrou ainda que, segundo a legislação chinesa, as empresas tecnológicas do país são obrigadas a entregar dados dos utilizadores às autoridades responsáveis por segurança nacional, segurança pública e inteligência, o que constitui uma "ameaça grave à privacidade dos utilizadores taiwaneses".
Em 2019, Taiwan já tinha proibido o uso do TikTok, da sua versão em chinês (Douyin) e da RedNote em dispositivos governamentais e instalações oficiais, por motivos de segurança nacional. No entanto, o público em geral continua a poder utilizar essas aplicações sem restrições legais.
O Gabinete de Segurança Nacional de Taiwan recomendou hoje "veementemente" à população que mantenha uma postura vigilante quanto à segurança dos seus dispositivos móveis e evite descarregar aplicações chinesas que possam representar riscos de cibersegurança, de modo a proteger tanto a privacidade pessoal como informações comerciais sensíveis.
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