Grok com "falhas significativas" nas respostas à guerra no Médio Oriente

O Grok, assistente de inteligência artificial (IA) da startup xAI, de Elon Musk, gerou respostas imprecisas e contraditórias a pedidos de verificação de informação sobre a guerra de 12 dias entre Israel e o Irão, segundo um estudo.

x, grok, inteligência artificial

© Getty Images

Lusa
26/06/2025 06:21 ‧ há 4 horas por Lusa

Tech

Médio Oriente

Com o declínio gradual da verificação de factos por parte dos jornalistas em plataformas como o Facebook, cada vez mais utilizadores da internet recorrem a ferramentas de IA como a Grok para encontrar informações fidedignas, mas as respostas que recebem por vezes expõem-nos a informações incorretas.

 

De acordo com o estudo publicado na terça-feira pelo Digital Forensic Research Laboratory (DFRLab) do Atlantic Council, um 'think tank' norte-americano, o desempenho da Grok durante os primeiros dias do conflito entre Israel e o Irão "revelou falhas significativas e demonstrou as limitações do chatbot em fornecer informações precisas, fiáveis e consistentes em tempos de crise".

A análise envolveu 130 mil mensagens em várias línguas na plataforma X, que integra o chatbot Grok, e determinou que este último "teve dificuldade em autenticar conteúdo gerado por IA".

Por exemplo, após os ataques de retaliação iranianos em Israel, o Grok ofereceu respostas muito diferentes a instruções semelhantes sobre imagens geradas por IA de um aeroporto destruído, que acumularam milhões de visualizações no X.

As respostas oscilavam, por vezes no mesmo minuto, entre negar a destruição do aeroporto e confirmar que tinha sido atingido por ataques.

E em algumas respostas, o Grok alegou que um míssil disparado do Iémen foi a causa dos danos, enquanto noutras, identificou falsamente o aeroporto em questão como sendo em Beirute, Gaza ou Teerão.

De acordo com os especialistas, o Grok já foi 'apanhado' nas suas respostas de verificação de factos durante o recente conflito entre a Índia e o Paquistão e durante os protestos em Los Angeles contra as políticas anti-imigração de Donald Trump.

No mês passado, o serviço de IA do empresário sul-africano Elon Musk também causou polémica ao referir-se erradamente ao "genocídio branco" na África do Sul, um erro posteriormente atribuído pela xAI a uma "modificação não autorizada".

Leia Também: UE debate conflitos na Ucrânia e Médio Oriente após cimeira da NATO

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas