"Este novo serviço pretende agradar e servir melhor os utentes", afirmou o presidente da administração da STCP, João Velez de Carvalho, na apresentação do serviço e viagem inaugural com partida da praça General Humberto Delgado, no Porto.
O serviço está disponível em mais de 400 autocarros da STCP, a quase totalidade da frota da empresa que circula no Porto, e beneficia mais de 300 mil clientes por dia.
Segundo o responsável, o ‘STCP Free Wi-Fi’ é um projeto experimental de seis meses e, após esse período, será feita uma avaliação para verificar se o serviço é viável e agrada aos utentes.
"Durante este período, o serviço não tem custos diretos", disse.
João Velez de Carvalho lembrou que, a tornar-se definitivo, os utentes acabarão "sempre por pagar alguma coisa" pelo serviço, mas "a ideia não é aumentar o preço dos bilhetes".
Durante estes seis meses, os utentes da STCP vão poder deixar, na página da empresa na rede social Facebook, comentários, sugestões e reclamações para melhorar o serviço, explicou o vereador do Ambiente da Câmara do Porto, Filipe Araújo.
"Queremos que o Porto seja a cidade do futuro, estando entre as cidades mais inovadoras da Europa", afiançou.
Filipe Araújo salientou que a tecnologia é inovadora a nível mundial porque utiliza não apenas a rede dos telemóveis, mas também uma rede sem fios partilhada entre veículos e suportada pela fibra ótica da Porto Digital.
"Só assim é possível fazer face ao enorme volume de tráfego gerado pelos clientes da STCP", lembrou o responsável pela 'spin-off' Veniam'Works, que desenvolveu a tecnologia, João Barros.
"A utilização da tecnologia é simples, rápida e não precisa de autenticação. Basta ligar o Wi-Fi do dispositivo, aceder à rede "STCP Porto Digital" e começar a navegar", esclareceu.
João Barros revelou que nos locais com grande afluência de autocarros, as pessoas conseguem aceder à internet mesmo não estando no seu interior.
"O Porto é a primeira cidade europeia a disponibilizar cobertura Wi-Fi na rede de autocarros públicos", acrescentou.
João Barros adiantou que São Francisco, nos Estados Unidos da América, e Barcelona, em Espanha, "já demonstraram interesse em adotar esta solução".
Este sistema de comunicação aplicado à escala urbana resulta de um trabalho de cinco anos desenvolvido pela Universidade do Porto e Aveiro, no âmbito de projetos financiados por fundos comunitários.