X foi bloqueado na Tanzânia depois de conta da polícia ser pirateada

A rede social X foi bloqueada hoje na Tanzânia, segundo o grupo de vigilância da internet NetBlocks, um dia depois de uma conta da polícia ter sido pirateada, que anunciou falsamente a morte da Presidente e publicou vídeos pornográficos.

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Lusa
21/05/2025 14:07 ‧ há 7 horas por Lusa

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Bloqueio

O encerramento do X ocorre num contexto de repressão política por parte do executivo tanzaniano, acusado pela oposição e pelas Organizações Não-Governamentais (ONG) de defesa dos direitos humanos de regressar às práticas autoritárias do anterior presidente John Magufuli (2015-2021).

 

Na segunda-feira, o defensor dos direitos humanos queniano Boniface Mwangi e o jornalista ugandês Agather Atuhaire, que tinham ido assistir a uma aparição do líder da oposição Tundu Lissu, desapareceram na Tanzânia, depois de a Presidente Samia Suluhu Hassan ter pedido às forças de segurança locais que proibissem a entrada no país de "ativistas" estrangeiros que tentavam "interferir" nos assuntos do país.

Hoje, os tanzanianos só podiam aceder ao X através de uma rede privada virtual (VPN).

"As métricas em tempo real mostram que o X (antigo Twitter) se tornou inacessível nos principais fornecedores de Internet na #Tanzânia", anunciou a NetBlocks num comunicado na terça-feira.

"O incidente ocorre no momento em que uma conta comprometida da polícia publica alegações de que o presidente morreu, enfurecendo a liderança do país", acrescentou o grupo de vigilância online.

O ministro da Informação, Comunicações e Tecnologia da Tanzânia, Jerry William Silaa, confirmou o ataque de pirataria informática ao parlamento, acrescentando que além do falso anúncio da morte da Presidente Hassan, a conta YouTube da autoridade fiscal do país também tinha sido pirateada.

"A razão pela qual estas contas foram comprometidas é que os seus protocolos de segurança não eram robustos o suficiente. Essas contas já foram restauradas", disse o ministro.

A polícia disse que estava à procura de "criminosos" que tinham "criado e distribuído" "informações enganosas e pouco éticas", apelando aos tanzanianos para que não as partilhassem.

Leia Também: X bloqueia jornal e a agência chinesa após acusação de desinformação

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