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Bruxelas preocupada com alegada interferência nas eleições romenas

A Comissão Europeia manifestou-se hoje preocupada com as "indicações cada vez maiores" de uma operação estrangeira digital para interferir nas eleições na Roménia, em particular na rede social TikTok.

Bruxelas preocupada com alegada interferência nas eleições romenas

© Reuters

Lusa
06/12/2024 11:51 ‧ há 9 meses por Lusa

O executivo comunitário "está preocupado com as indicações cada vez maiores de uma operação de interferência estrangeira digital" nas eleições presidenciais romenas, "especialmente no TikTok", escreveu a vice-presidente executiva para a Soberania Tecnológica, Henna Virkkunen, na rede social X (antigo Twitter).

 

Na quinta-feira, a Comissão anunciou que aumentou a monitorização para tentar encontrar propaganda nas redes sociais no âmbito das eleições presidenciais na Roménia, nomeadamente o TikTok.

Em comunicado, o executivo comunitário revelou que, "no contexto das eleições na Roménia, a Comissão aumentou a sua monitorização do TikTok, no âmbito da legislação sobre os serviços digitais".

No entanto, a Comissão Europeia alertou que apenas está a fazer a monitorização para averiguar eventuais quebras da legislação por parte daquela rede social e não está a monitorizar as eleições, "que são uma questão para as autoridades da Roménia e da população" do país.

Neste sentido, o executivo de Ursula von der Leyen emitiu uma "ordem de retenção" que obriga o TikTok a "congelar e a preservar" toda a informação que seja passível de representar uma brecha da legislação para as plataformas digitais.

A Comissão Europeia espera utilizar essa informação para averiguar se a plataforma digital violou a diretiva e as obrigações que subscreveu para continuar a operar nos países da União Europeia.

A "ordem de retenção", no âmbito de "eleições nacionais na União Europeia", não só na Roménia, obriga à preservação de todas as informações entre 24 de novembro e 31 de março de 2025.

Em causa estão acusações de propaganda russa disseminada pelo TikTok, com retórica antieuropeia e que alegadamente ajudaram à vitória na primeira volta de Calin Georgescu, candidato independente, alinhado com os ideais de extrema-direita, que é crítico da União Europeia, da Aliança Atlântica e que elogiou o Presidente russo, Vladimir Putin.

A Comissão Europeia sustentou que não tem preferências por um candidato e que só está a verificar se o TikTok falhou com as obrigações que tem, nomeadamente prevenir a disseminação de propaganda e de desinformação.

O executivo comunitário também rejeitou que esteja a reagir a um acontecimento, alegando que as decisões colocadas em prática são preventivas. Em conferência de imprensa, hoje, em Bruxelas, a porta-voz adjunta da Comissão disse que a União Europeia está na linha da frente de legislação digital e de responsabilização das plataformas digitais.

Leia Também: Bruxelas 'de olho' no TikTok após alegada propaganda russa na Roménia

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