Portugal pode "claramente ser 'hub' do Web3 e blockchain no futuro"

O presidente executivo (CEO) do Bison Bank considera, em entrevista à Lusa, que Portugal pode "claramente ser o 'hub' do Web3 e 'blockchain' no futuro e defende "um pensamento estratégico" para o país a longo prazo.

Antonio Henriques, chief executive officer of Bison Bank SA, during a panel session on day two of the Web Summit in Lisbon, Portugal, on Wednesday, Nov. 15, 2023. Many investors pulled out of Web Summit after its founder Paddy Cosgrave last month criticiz

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Lusa
14/11/2024 07:55 ‧ 14/11/2024 por Lusa

Tech

Web Summit

António Henriques participa hoje à tarde no painel 'The fringe economy', na Web Summit.

 

Questionado sobre se Portugal poderia ter um papel importante na área dos criptoativos, o gestor diz perentoriamente que "sim".

"Eu penso que Portugal pode ter um papel importante no desenvolvimento do ecossistema Web3 ou 'blockchain'", até porque "Web3 e 'blockchain' não são só criptoativos", salienta.

António Henriques acredita que o 'blockchain' [tecnologia que permite rastrear informação] e Web3 [que cria interconexões entre várias tecnologias] "podem ser altamente transformadoras".

No caso do 'blockchain' "estamos a falar de uma base de dados gigante com extrema segurança descentralizada que, na verdade, custodia dados estruturados", agora "imagine o que é aplicar a inteligência artificial em cima de uma base de dados gigante com dados estruturados. É uma explosão de coisas novas", salienta.

Questionado sobre o que é preciso fazer para Portugal dar o 'salto' na inovação, defende um "pensamento estratégico" para o país "a longo prazo".

"Costumo dizer que Portugal é tão bom que não precisamos de fazer nada para atrair pessoas e capital estrangeiro. E a questão é: E se fizéssemos", questiona.

E se "fizéssemos alguma coisa para escolher, exatamente qual é o investimento que queremos trazer para Portugal? Quais são as pessoas que queremos trazer para Portugal? Quais são os países que nós queremos que invistam" no país, pergunta António Henriques.

O CEO dá o exemplo de Singapura, que nos anos 60 "estava anos atrás de Portugal e hoje está anos à frente de Portugal" porque fez um "planeamento de super longo prazo" e "conseguiu", aponta.

"Temos que ter um Portugal completamente diferente daqui a 50 anos", afirma.

Esse pensamento estratégico seria "determinante", em que seriam definidos quais os setores estratégicos que seriam desenvolvidos no país.

"Temos é que definir o que queremos para Portugal e ativar esses mecanismos", remata António Henriques.

Leia Também: Web Summit: Cosgrave espera que evento fique em Lisboa "para sempre"

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