Programa espacial da China escolhe primeiro astronauta de Macau

Um residente da região administrativa especial de Macau foi escolhido, pela primeira vez, para integrar o quarto grupo de astronautas do programa espacial tripulado da China, foi hoje anunciado.

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© HECTOR RETAMAL/AFP via Getty Images

Lusa
11/06/2024 09:17 ‧ 11/06/2024 por Lusa

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Macau

Num comunicado, a Administração Espacial chinesa (CMS, na sigla em inglês) anunciou a seleção de 10 astronautas, incluindo oito pilotos e dois especialistas em carga útil (encarregados de realizar experiências e pesquisas aeroespaciais), estes últimos um de Macau e outro de Hong Kong.

A seleção deste quarto grupo, que integra pela primeira vez representantes das duas regiões semiautónomas, arrancou na segunda metade de 2022 e "recebeu um forte apoio e participação entusiástica" de Macau e de Hong Kong, sublinhou a CMS.

A administração explicou que os 10 astronautas irão mais tarde ser integrados no Centro de Formação em Estudo Científico de Astronautas da China, situado nos arredores da capital, Pequim, para receberem "treino abrangente e sistemático".

Pouco depois do anúncio, o Governo de Macau agradeceu às autoridades da China continental o "forte apoio" à participação da região no programa espacial chinês e defendeu que se trata de "um avanço importante" para o território.

A escolha vai permitir que Macau "avance no domínio da tecnologia e ciência aeroespacial, o que representa (...) um forte incentivo aos jovens locais", disse o executivo da região, num comunicado.

O diretor adjunto da CMS, Lin Xiqiang, disse no final de abril que os especialistas em carga útil irão trabalhar com os outros astronautas nas missões da estação espacial chinesa Tiangong e na preparação da primeira missão tripulada chinesa à Lua.

A China tem como objetivo colocar um 'taikonauta' (como são conhecidos os astronautas chineses) na Lua antes de 2030, o que a tornaria a segunda nação a fazê-lo depois dos Estados Unidos.

Lin recordou que, durante uma visita a Macau e Hong Kong em novembro, as duas regiões propuseram várias experiências na Tiangong, incluindo um projeto de deteção em alta resolução de emissões de gases com efeito de estufa.

A Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau criou em 2018 o Laboratório de Referência do Estado para a Ciência Lunar e Planetária, cuja equipa integra os investigadores portugueses André Antunes e Marta Filipa Simões.

A ambição espacial da China tem vindo a crescer, com a possibilidade da Tiangong se tornar na única estação espacial em funcionamento, depois de a Estação Espacial Internacional, tal como previsto, ser retirada em 2031.

A CMS disse hoje que, "com o aprofundamento da cooperação internacional em voos espaciais tripulados, os astronautas estrangeiros também participarão na seleção e formação e realizarão missões" à Tiangong.

A China tem atualmente projetos de cooperação com a Agência Espacial Europeia e o Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Espaciais Exteriores.

Leia Também: Astronautas do Starliner da Boeing fazem tour pela nave e mostram rotinas

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