O Tinder está a testar verificações de identidade para os utilizadores britânicos. O processo funcionará através da apresentação do passaporte ou da carta de condução, que serão utilizados para comparar com um vídeo feito pelo próprio utilizador em versão 'selfie'.
Quem se candidatar a experimentar a versão inicial desta ferramenta vai ter um marcador no perfil a garantir que a sua idade e aparência são verdadeiros.
A aplicação de encontros tem vindo a ser repetidamente alvo de perfis fraudulentos, que podem pôr em perigo quem usa a plataforma.
A associação de solidariedade 'Apoio à Vítima' referiu, em declarações à BBC, que a medida é bem-vinda, mas que as aplicações como o Tinder "têm de ir mais longe". "Garantir a identidade da pessoa de forma obrigatória em todas as apps de encontros e não de forma opcional, seria uma medida mais forte", asseverou o porta-voz da organização.
"A fraude romântica é um crime devastador, particularmente devido à vergonha e estigma associados", acrescentou ainda.
No caso, o 'catfish', como é chamado, envolve uma pessoa começar uma relação romântica com outra em formato online, enquanto finge ser outra pessoa. Não poucas vezes com o intuito de ganhar a confiança do outro e exigir dinheiro.
Os utilizadores que passarem na verificação de identidade vão ganhar um ícone de uma câmara azul. Caso completem os dois passos, idade incluída - passam a ter um 'certinho' azul no perfil.
O sistema foi inicialmente testado pela primeira vez na Austrália e na Nova Zelândia em 2023. Chegaram à conclusão de que quem tinha a identidade validada tinha muito mais probabilidade de fazer 'match' do que quem não tinha.
Além do Reino Unido, a ferramenta vai ser testada também nos Estados Unidos, Brasil e México.
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