Mário Campolargo falava aos jornalistas durante a sua ida à Web Summit, onde participou em dois painéis, evento que termina na próxima quinta-feira.
"O desafio que nós temos na Europa e em Portugal é o mesmo, é utilizar a tecnologia da inteligência artificial com um propósito", afirmou o governante, quando questionado sobre o tema.
"E vejamos: ninguém na Europa e muito menos em Portugal está interessado em não explorar a inovação que vem da inteligência artificial, como vem do 'blockchain', como vem da analítica de dados", prosseguiu.
O que "nós queremos preservar é que algumas das utilizações", quando são contrárias à dimensão social e aos valores europeus, "não sejam utilizadas", defendeu Mário Campolargo.
Por exemplo, se a IA for utilizada para fazer identificação em massa de pessoas e catalogá-las, "na Europa não queremos isso", asseverou o secretário de Estado.
Mas "queremos um avatar ou uma assistente virtual", como existe na Administração Pública em Portugal, e "queremos" que as pessoas saibam que não é uma pessoa que está do outro lado, mas sim uma imagem gerada por IA generativa.
"Queremos que a inteligência artificial nos ajude a encontrar soluções para a sociedade", rematou.
A Web Summit, considerada uma das maiores cimeiras tecnológicas do mundo, anunciou hoje que o evento, que decorre até quinta-feira, conta com 70.236 participantes de 153 países, com 2.608 'startps', o maior recorde de sempre.
De acordo com a organização, 43% dos participantes da edição deste ano em Lisboa são mulheres e que 38% (maior número de sempre) dos oradores são do género feminino.
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