Seja Tinder, Bumble, Hinge, OkCupid ou Grindr, a verdade é que não há falta de apps de encontros para os solteiros encontrarem potenciais interesses amorosos e (quem sabe) descobrirem o seu parceiro para a vida. No entanto, este é um mundo ‘fértil’ em desilusões e que facilmente pode deixar os utilizadores frequentes sem paciência e frustrados.

No entanto, e como sinal de que a criatividade na Internet continua a abundar, surgiram agora o que é conhecido como ‘Date-Me Doc’ - documentos na plataforma Docs da Google onde cada um é capaz de criar o seu currículo de relacionamento.

Como conta o The New York Times, a ideia teve início com Connie Li, uma engenheira de software de 33 anos que, farta de apps de encontros tradicionais e de encontros casuais, decidiu criar um currículo através da app de apontamentos Notion. Li aproveitou este documento para partilhar todas as suas informações relevantes para um eventual parceiro, indicando idade, género, orientação sexual, traços físicos, gostos, preferências e ‘hobbies’ com as quais alguém se pudesse identificar.

© Reprodução The New York Times  

“Há alguma coisa de tolo sobre os ‘Date-Me Docs’ que me lembra os primeiros tempos da Internet”, contou Li, recordando os antigos portais da Internet onde se comunicava com desconhecidos por via de perfis de encontros. “Ainda uso aplicações de encontros, mas deixar de as usar tanto nos últimos meses uma vez que não estavam a funcionar para mim no que diz respeito a encontrar pessoas que quisessem um relacionamento a sério”.

Entretanto, conta a publicação norte-americana que os ‘Date-Me Docs’ tornaram-se a última grande tendência entre quem procura um par romântico, com várias pessoas a partilharem os seus ‘currículos’ nos respectivos perfis nas redes sociais.

Dado que não fazem parte de uma plataforma dedicada, estes documentos no Google Docs podem ser difíceis de contabilizar mas, uma base de dados referida pelo New York Times continua mais de cem destes documentos das mais variadas partes do mundo, de Chicago nos EUA, até Londres no Reino Unido, passando por Toronto no Canadá e também São Paulo no Brasil.

© Reprodução The New York Times  

Estes ‘currículos’ para relacionamentos também não seguem uma estrutura clara, pelo que podem ser tão criativos quanto o criador quiser. Ainda que possam não servir para todos, é são um sinal da constante evolução do mundo dos relacionamentos da Internet e de que, tal como tantas outras coisas, tem um percurso cíclico onde a modernidade se presta sobretudo a um papel de canal de disseminação.

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