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Série de 'Atração Fatal' faz "perguntas diferentes" na cultura pós-Me Too

A série "Atração Fatal", que estreia em Portugal a 22 de maio na SkyShowtime, vai contar uma nova versão do filme, com o mesmo título, que se tornou num ícone dos anos oitenta, então protagonizado por Michael Douglas e Glenn Close.

Série de 'Atração Fatal' faz "perguntas diferentes" na cultura pós-Me Too
Notícias ao Minuto

07:48 - 15/05/23 por Lusa

Tech SkyShowtime

Escrita por Alexandra Cunningham e realizada por Silver Tree, a série da Paramount faz perguntas diferentes e transporta a trama para a cultura pós-Me Too, disse a criadora na cerimónia de estreia, em Los Angeles, onde a Lusa esteve presente. 

"Quer estejamos a ver o filme de novo, quer pela primeira vez, não é possível ter a mesma experiência que as pessoas tiveram quando saiu", disse Alexandra Cunningham, referindo-se ao filme de 1987, que foi um sucesso de crítica e bilheteira e recebeu seis nomeações para os Óscares, apesar de uma premissa agora considerada problemática. 

"Porque mudámos demasiado como cultura e fazemos perguntas diferentes agora", acrescentou. "Essas perguntas são, em última análise, o motivo pelo qual eu disse que sim e este elenco e esta equipa também aceitaram". 

A trama de 1987, com Michael Douglas a interpretar Dan Gallagher e Glenn Close a dar corpo a Alex Forrest, conta, em formato de thriller psicológico, uma relação extraconjugal transformada em obsessão por parte da amante rejeitada, com uma escalada de violência que termina em morte. 

"Esta não é a Atração Fatal das vossas mães", caracterizou o ator Reno Wilson, que interpreta o detetive Earl Booker na nova série e esteve presente no evento.

O 'remake' tem muitos pontos de contacto com o original, desde a famosa frase "Eu não vou ser ignorada, Dan" até ao coelho branco que se tornou vítima da obsessão de Alex Forrest.  

Mas a intenção de Alexandra Cunningham não era repetir o estereotipo do homem arrependido que defende a família de uma ex-amante histérica, e por isso procurou dar muito mais espaço ao ponto de vista tanto de Alex Forrest (agora interpretada por Lizzy Caplan) como da mulher traída, Beth Gallagher (aqui encarnada por Amanda Peet). 

"O filme é uma joia na coroa da Paramount e eles ofereceram-me essa joia e com ela trouxeram terror ao meu coração", gracejou Cunningham, sobre a responsabilidade de pegar na história de um filme tão conceituado. 

"Eu ia dizer não. Assisti ao filme outra vez antes de enviar o email de resposta com uma recusa simpática", contou Cunningham. "E aqui estamos", brincou. 

O episódio piloto, que o público poderá ver no SkyShowtime em 22 de maio, foi escrito em parceria com James Dearden, o argumentista original do filme de 1987. 

"Abordar o reimaginar de um filme icónico, nomeado para seis Óscares da Academia, não é um feito menor", reconheceu Nicole Clemens, presidente dos estúdios de televisão Paramount, que também esteve na cerimónia em Los Angeles. 

"Mas a criadora Alexandra Cunningham, juntamente com Kevin J. Hynes e a sua equipa, criaram uma série que não só honra o ADN do blockbuster original como tira vantagem do formato mais longo e abre de forma brilhante o aspeto psicológico", indicou Clemens. 

Dan Gallagher é desta vez interpretado por Joshua Jackson e a série avança e recua no tempo constantemente, explorando o mistério em torno da morte da ex-amante até um final surpreendente. Há mais camadas em torno da personalidade de Alex Forrest e um mergulho no seu passado que dá contexto às tendências obsessivas. 

Nicole Clemens agradeceu aos atores Joshua Jackson, Lizz Caplan e Amanda Peet por se terem "atrevido" a encarnar personagens tão icónicas. 

"Cada um deles trouxe dimensões ricas às suas personagens, e força e vulnerabilidade, e tornaram-nas suas, com desempenhos complexos e poderosos", elogiou a presidente. 

Também Alexandra Cunningham destacou a qualidade do elenco, de quem salientou a ética de trabalho e o talento. "Toda a culpa é minha, todo o crédito é deles", afirmou. 

Os desempenhos dos atores estão a receber notas positivas da crítica, mas a forma como o mistério é desenrolado e resolvido mereceu apontamentos negativos dos críticos de televisão. 

"Atração Fatal" tem oito episódios e a série é produzida por Alexandra Cunningham, Kevin J. Hynes, Silver Tree, Justin Falvey e Darryl Frank.

Leia Também: SkyShowtime. Eis as principais estreias de maio no serviço de streaming

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