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Marrocos denuncia "campanha injusta" pelas suspeitas de uso do Pegasus

Marrocos criticou esta quarta-feira a "campanha injusta" do Parlamento Europeu, na véspera de uma audiência parlamentar em Bruxelas sobre o alegado uso do programa de espionagem Pegasus pelas autoridades marroquinas.

Marrocos denuncia "campanha injusta" pelas suspeitas de uso do Pegasus
Notícias ao Minuto

07:22 - 09/02/23 por Lusa

Tech Pegasus

"O nosso país está a sofrer ações hostis e ataques no Parlamento Europeu que nos obrigaram a reavaliar a nossa relação com este", denunciou o presidente da Câmara dos Representantes (câmara baixa), Rachid Talbi El-Alami.

"Esta campanha continua com o debate anunciado sobre antigas denúncias de espionagem de dirigentes de um país europeu [França]", salientou El-Alami, durante um debate no Parlamento marroquino em Rabat, dedicado a "ataques hostis e repetidos contra o Reino".

Na agenda do Parlamento Europeu está uma reunião, esta quinta-feira à tarde, de especialistas, defensores dos direitos humanos e jornalistas sobre o caso da espionagem com o 'software' israelita Pegasus.

Segundo um consórcio de 'media' internacional, cerca de 50.000 pessoas em todo o mundo, entre políticos, jornalistas ou ativistas de direitos humanos, pode ter sido espiado por alguns governos, incluindo o de Marrocos, através do Pegasus, desenvolvido pela empresa israelita NSO Group.

Uma comissão de inquérito foi lançada em abril no Parlamento Europeu para garantir que o abuso de spyware "não ocorre mais".

Entre os políticos espiados está o Presidente francês Emmanuel Macron, cujo número de telemóvel terá sido alvo de Marrocos, de acordo com este consórcio.

Rabat processou ONG e 'media' franceses por difamação sobre o uso do 'software' Pegasus por Marrocos, mas estas queixas foram consideradas inadmissíveis por um tribunal de Paris.

"Marrocos há muito que é vítima de uma tentativa de desestabilização internacional. Nunca deixou de denunciar estas acusações injustas e fantasiosas", destacou Olivier Baratelli, advogado de Rabat neste processo, que falou aos deputados por videoconferência.

Em janeiro, as duas câmaras do parlamento marroquino foram convocadas para uma sessão plenária em resposta à moção aprovada pelo Parlamento Europeu que critica a deterioração da liberdade de imprensa no país e o esquema de suborno para ganhar influência em Bruxelas.

A classe política marroquina e os meios de comunicação próximos do Governo têm acusado a presidência francesa de estar por trás de uma campanha antimarroquina em Bruxelas.

"Esta é uma guerra metódica (...) O Parlamento Europeu tem uma responsabilidade política, não é possível que se transforme numa plataforma para atacar Marrocos", destacou, por sua vez, Lahcen Haddad, presidente da comissão parlamentar Marrocos-UE.

Na sequência da moção europeia, o Parlamento marroquino decidiu por unanimidade "reconsiderar" as suas relações com o Parlamento Europeu, rejeitando qualquer "interferência" nos assuntos internos de Marrocos.

Leia Também: Supremo dos EUA valida processo do WhatsApp contra 'spyware' Pegasus

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