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Ex-Twitters admitem erro ao bloquear história sobre filho de Biden

Ex-executivos do Twitter admitiram quarta-feira que cometeram um erro ao bloquear uma história sobre Hunter Biden, filho do Presidente dos EUA, na corrida às presidenciais de 2020, mas negaram as acusações dos republicanos, de que foram pressionados pelos democratas.

Ex-Twitters admitem erro ao bloquear história sobre filho de Biden
Notícias ao Minuto

07:18 - 09/02/23 por Lusa

Tech Twitter

"As decisões aqui não são diretas. Não era óbvio qual era resposta certa para alegações, não confirmadas, de um ataque informático de outro governo numa eleição presidencial", referiu Yoel Roth, ex-responsável de segurança do Twitter, enquanto testemunhava perante o Congresso norte-americano.

"O Twitter errou neste caso porque queríamos evitar repetir os erros de 2016", acrescentou, citado pela agência Associated Press (AP).

Os três ex-executivos daquela rede social compareceram perante o Comité de Supervisão e Responsabilidade da Câmara dos Representantes para testemunhar pela primeira vez sobre a decisão da empresa de bloquear inicialmente no Twitter um artigo do New York Post, em outubro de 2020, sobre o conteúdo de computador portátil que pertencia a Hunter Biden.

No disco rígido desse computador, alegadamente estão provas de que Hunter tirou proveito da influência do pai, durante uma década, para enriquecer.

O New York Post informou semanas antes das eleições presidenciais de 2020 que tinha recebido do advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, uma cópia de um disco rígido de um portátil que Hunter Biden tinha deixado 18 meses antes numa loja de reparações de computadores em Delaware.

O Twitter proibiu as pessoas de partilharem 'links' sobre esta história durante vários dias.

A história do jornal New York Post foi recebida na altura com ceticismo, devido a perguntas sobre as origens do portátil, incluindo o envolvimento de Giuliani, e porque altos funcionários do governo Trump já tinham alertado que a Rússia estava a trabalhar para denegrir Joe Biden antes das eleições para a Casa Branca.

O Kremlin interferiu nas presidenciais de 2016, 'hackeando' correios eletrónicos democratas que divulgaram posteriormente, sendo que o medo de que a Rússia se intrometesse novamente em 2020 espalhou-se por Washington.

Os republicanos, encorajados pela nova liderança do Twitter, do bilionário Elon Musk, utilizaram a audiência para defender uma teoria antiga e não comprovada de que as empresas de redes sociais, incluindo o Twitter, são tendenciosas contra este partido.

As testemunhas intimadas pelos republicanos foram Roth, Vijaya Gadde, ex-diretor jurídico do Twitter, e James Baker, ex-vice-conselheiro geral da empresa.

Já os democratas apresentaram uma testemunha própria, Anika Collier Navaroli, uma ex-funcionária da equipa de moderação de conteúdo do Twitter, que testemunhou no ano passado perante a comissão de investigação do ataque ao Capitólio, de 06 de janeiro de 2021, sobre o tratamento preferencial do Twitter a Donald Trump, até banir o então Presidente da rede social.

Esta audiência foi o ato de abertura do Partido Republicano sobre o que os congressistas prometem ser uma investigação ampla sobre o Presidente Joe Biden e a sua família.

A Casa Branca criticou os republicanos do Congresso por encenar "um golpe político bizarro", horas depois do discurso do Estado da União de Biden, onde defendeu o progresso bipartidário nos seus primeiros dois anos no cargo.

Este tema também foi recentemente reavivado, depois de Musk assumir o Twitter e começar a divulgar uma série de informações da empresa para jornalistas independentes, apelidando a prática como os "Arquivos do Twitter" [Twitter Files, em inglês].

Os documentos e dados mostram amplamente debates internos entre os funcionários sobre a decisão de censurar temporariamente os 'links' para a história de Hunter Biden.

Mas os tópicos careciam de evidências substanciais de uma campanha de influência direcionada pelos democratas ou FBI [polícia federal dos EUA], que nega qualquer envolvimento na tomada de decisões do Twitter.

Leia Também: Twitter quer cobrar subscrição de mil dólares a empresas verificadas

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