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EUA atrás da Europa no hidrogénio por causa de Donald Trump

O hidrogénio está a afirmar-se como o "elemento-chave" na transição energética, com a Europa a registar um avanço tecnológico em comparação com os Estados Unidos, em atraso devido aos anos de governação de Donald Trump, foi hoje divulgado.

EUA atrás da Europa no hidrogénio por causa de Donald Trump

Getty Images

Notícias ao Minuto

07:43 - 10/01/23 por Lusa

Tech Inovação

Na década 2011-2020, os países da União Europeia (28%) e Japão (24%) dominaram o depósito de pedidos de patentes internacionais relacionados com tecnologias de produção de hidrogénio, refere um estudo da Agência Internacional de Energia (AIE) e do Instituto Europeu de Patentes (na sigla em inglês EPO), o primeiro do género no mundo.

Os Estados Unidos, com 20% dos pedidos de patentes, são o único grande centro de inovação que perdeu espaço, especialmente durante o mandato do antigo Presidente Donald Trump (2016-2020).

Embora os norte-americanos fossem o país 'número um' em 2011, a sua expressão "diminuiu significativamente" depois de 2015 e o país encontrava-se em 2020 "bem na terceira posição" atrás da Europa e do Japão, observa o estudo.

Ao longo da década, a China representou 4% dos pedidos de patentes e a Coreia 7%.

Na Europa, Alemanha (11%), França (6%) e Países Baixos (3%) são os líderes no patentear de tecnologias de hidrogénio, destaca o estudo.

O 'velho continente' está "na frente" em termos de capacidade de fabrico de eletrolisadores, equipamentos usados para produzir hidrogénio sem emitir CO2, ao dividir a molécula de água (H20) em moléculas de oxigénio e hidrogénio através de uma corrente elétrica.

Em termos de investigação, "ocorreu uma mudança" para tecnologias descarbonizadas, explicou Yannick Ménière, economista-chefe do EPO.

Esta circunstância é ainda mais estratégica porque os atuais processos de produção de hidrogénio são quase 100% de origem fóssil, a partir do gás, baseados em tecnologias que emitem altos níveis de CO2 na atmosfera.

Quando é produzido principalmente a partir de eletricidade eólica, solar ou livre de carbono, como a nuclear, o hidrogénio pode "substituir os combustíveis fósseis" e ser usado para descarbonizar setores "onde há poucas alternativas limpas", como transporte de longa distância e fertilizantes, observou, por sua vez, o diretor-geral da AIE, Fatih Birol.

Por setor, os grupos químicos e do automóvel são os mais ativos, liderados pela francesa Air Liquide com 174 pedidos de patentes, à frente da alemã Linde (155).

Dentro das universidades e institutos públicos de investigação, os institutos franceses CEA, CNRS e IFP ocupam os três primeiros lugares do mundo em investigação fundamental em termos de patentes de hidrogénio.

Leia Também: Bruxelas aprova 13,5 mil milhões para investigação e inovação

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