O ex-responsável de segurança da Uber, Joseph Sullivan, foi considerado culpado das acusações de encobrir um ataque informático à empresa em 2016 e de não ter notificado as autoridades.
Como conta o New York Times, Sullivan terá ocultado este ataque enquanto estava a ser investigado outro ciberataque à Uber ocorrido em 2014. Nesta altura, os ‘hackers’ entraram em contacto e exigiram o pagamento de 100 mil dólares, indicando que haviam descoberto uma vulnerabilidade que lhes permitia obter dados pessoais de 600 mil condutores e informação relacionada com 57 milhões de condutores e passageiros.
Na altura, o executivo da Uber direcionou os ‘hackers’ para o programa de descoberta de ‘bugs’ da empresa, uma possibilidade que foi recusada por estes piratas informáticos. Sullivan tratou então de fazer o pagamento e quis dar a entender que todo o processo havia ocorrido sob jurisdição da Uber.
É importante notar que Sullivan fez os ‘hackers’ assinarem documentos onde prometiam não falar sobre a situação, com a defesa do antigo executivo da Uber a indicar que o objetivo era impedir que os dados fossem divulgados. No entanto, o júri encarregue de julgar o caso não encarou a situação assim, acreditando que os documentos serviam para encobrir o caso.
Ainda não é conhecida a sentença de Sullivan, mas sabe-se que pode passar até cinco anos na prisão por obstrução e até mais três anos por não reportar a situação às autoridades.
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