Estudo. Turismo espacial pode comprometer recuperação da camada de ozono

Se o turismo espacial fosse para a frente com viagens semanais, acabaria por minar o sucesso derivado do Protocolo de Montreal, concluiu a investigação.

Virgin Galactic deu "grande passo" para o turismo espacial

© Twitter / @virgingalactic

Notícias ao Minuto
27/06/2022 21:21 ‧ 27/06/2022 por Notícias ao Minuto

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Turismo espacial

Uma investigação recente propôs-se a analisar o impacto detido pelas naves espaciais com capacidade de regressarem à Terra sobre a atmosfera. A mesma, à responsabilidade da UCL - London's Global University, da Universidade de Cambridge e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts veio confirmar que as missões de turismo espacial - tal como proposto pelas empresas de Richard Branson, Elon Musk e Jeff Bezos - poderiam 'desfazer' todo o progresso feito para reabilitar a camada de ozono, noticia a Sky News.

Em causa está um estudo que concluiu que a fuligem libertada por estas naves espaciais danifica esta camada protetora do planeta. Como explicou Eloise Marais, uma das coautoras deste estudo, a comparação até agora feita entre as emissões das naves espaciais e as das aeronaves e das fontes de poluição terrestres estava, portanto, "errada".

Se o turismo espacial fosse para a frente com viagens semanais, iria minar o sucesso do Protocolo de Montreal, concluiu a investigação. "A única parte da atmosfera que mostra uma forte recuperação do ozono após o Protocolo de Montreal é a estratosfera superior, e é exatamente onde o impacto das emissões de foguetões atingirá mais duramente", disse, a este propósito, o autor principal do estudo, Robert Ryan.

"Não esperávamos ver alterações de ozono desta magnitude, ameaçando o progresso da recuperação do ozono", acrescentou ainda a mesma fonte, em declarações à Sky News.

Recorde-se, a este propósito, que a Blue Origin - empresa de voos espaciais fundada por Jeff Bezos - continua a insistir que o motor BE-3PM do seu novo veículo de lançamento Shepard é unicamente "alimentado por oxigénio líquido e hidrogénio altamente eficiente e limpo".

"Durante o voo, o único subproduto do motor da New Shepard é vapor de água sem emissões de carbono", explicou a empresa, numa declaração dada à Sky News.

Embora estes investigadores universitários tenham reconhecido que os danos atuais destas emissões das viagens de turismo espacial sobre a camada de ozono são, por enquanto, reduzidas, os mesmos sugeriram uma regulamentação sobre esta indústria em franco crescimento - de forma a evitar situações que possam vir a ser problemáticas em termos ambientais.

Leia Também: Vídeo da Blue Origin celebra primeira missão de turismo espacial de 2022

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