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Rússia mantém missões na Lua apesar de saída da Agência Espacial Europeia

A Rússia garantiu na quarta-feira que vai manter as suas missões lunares, em particular a primeira do novo programa Luna-25, apesar da suspensão da cooperação por parte da Agência Espacial Europeia (ESA) com os projetos russos.

Rússia mantém missões na Lua apesar de saída da Agência Espacial Europeia
Notícias ao Minuto

06:20 - 14/04/22 por Lusa

Tech Missões lunares

"A decisão da ESA de suspender a cooperação com a Roscosmos [agência espacial russa] em projetos lunares, incluindo a missão Luna-25, não afetará o lançamento do dispositivo", realçou a assessoria de imprensa da agência espacial russa, num comunicado divulgado na rede social Telegram.

A Agência Espacial Europeia (ESA) decidiu hoje suspender a sua cooperação nas missões lunares russas na sequência da guerra na Ucrânia.

"A agressão russa contra a Ucrânia e as sanções postas em prática representam uma mudança fundamental de circunstâncias e impossibilitam a ESA de executar a cooperação lunar planeada", justifica o comunicado.

A Roscosmos adiantou que a câmara de navegação Europa PILOT-D estava prevista ser testada na Luna-25, mas assegurou que a decisão da ESA de retirar este dispositivo "não afetará de forma alguma o desempenho das tarefas da estação automática", numa referência ao veículo.

"Vamos fazer por conta própria. E sugiro que os parceiros da ESA pensem primeiro e depois atuem", referiu o porta-voz da Roscosmos, Dmitri Strugovets, citado no comunicado.

Na nota de imprensa, a agência espacial russa sublinhou também que existiam planos para instalar a versão padrão da câmara de aterragem de precisão e prevenção de perigos PILOT no Luna-27 e numa sonda European Prospect.

E garantiu que agora a Rússia tem "a oportunidade" de desenvolver estas tecnologias por conta própria.

O diretor-geral da Roscosmos, Dmitri Rogozin, referiu na sua conta do Telegram que a Rússia removerá os dispositivos da ESA dos seus veículos lunares, sugerindo que esta opção será um alívio para a agência espacial russa.

Já o Presidente russo, Vladimir Putin, sublinhou na terça-feira que o país retomará o seu programa lunar, apesar das sanções ocidentais devido à invasão russa da Ucrânia.

"Retomaremos o programa lunar. Estamos a falar do lançamento, desde o Cosmódromo Vostochny, do aparelho robótico espacial Luna-25", atirou o chefe de Estado russo durante uma cerimónia dedicada ao 61.º aniversário do voo de Yuri Gagarin ao espaço.

A Rússia tinha divulgado em 2021 que tinha adiado o lançamento do Luna-25, originalmente programado para outubro de 2021, para julho de 2022, para permitir mais tempo para testes adicionais.

A Luna-25 será a primeira nave espacial do novo programa da Rússia e terá como objetivo investigar a região polar sul da Lua.

Este programa é herdeiro do antecessor soviético Luna-24, o terceiro a recuperar amostras da superfície lunar em agosto de 1976.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,5 milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Agência Espacial Europeia suspende cooperação em missões lunares russas

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