"Agora todos os nossos contratos com países estrangeiros vão ser exclusivamente em rublos", disse Dmitri Rogozin em entrevista ao Primeiro Canal da televisão russa.
De acordo com Dmitri Rogozin, o pagamento será feito "pelo mesmo esquema que [será aplicado] às empresas de extração de hidrocarbonetos".
O chefe de Estado russo anunciou na quarta-feira durante uma reunião com o Governo a decisão de que a Rússia rejeita o pagamento do gás russo em divisas, incluindo o dólar e o euro, e que cobra fornecimentos a países "inimigos", incluindo os da União Europeia, apenas em rublos.
Esta decisão visa contraria as sanções impostas pelo Ocidente após o início da campanha militar russa na Ucrânia, condenada pela comunidade internacional.
"Decidi implementar o mais rápido possível uma série de medidas para transferir os pagamentos do nosso gás natural pelos chamados países inimigos para rublos", adiantou Vladimir Putin.
"Peço ao Governo que dê as dividas instruções à Gazprom para alterar os contratos existentes. Ao mesmo tempo, todos os consumidores estrangeiros devem ter a oportunidade de realizar as operações necessárias", acrescentou.
O Kremlin adotou no dia 08 uma lista de países e territórios inimigos, que inclui Estados Unidos e Canadá, todos os Estados-membros da União Europa, Reino Unido, Ucrânia, Montenegro, Suíça, Albânia, Andorra, Islândia, Liechtenstein, Mónaco, Noruega, São Marino, Macedónia do Norte, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Micronésia, Nova Zelândia, Singapura e Taiwan.
Na ótica de Putin, o Ocidente, pela decisão de congelar os ativos -- a reserva cambial do Banco Central, por exemplo --, chegou a declarar a suspensão dos pagamentos a Moscovo e pôs fim à confiabilidade das suas moedas.
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