Justiça francesa ordena ao Twitter divulgar luta contra discurso de ódio
A justiça francesa ordenou terça-feira à rede social Twitter que envie às associações antidiscriminação todos os documentos detalhados sobre os seus próprios meios de combate ao discurso de ódio ´online´ desde maio de 2020.
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Esta medida, já saudada pelas associações como um "grande passo", pode ser ainda alvo de recurso da parte do Twitter, que, por seu turno, reagiu, indicando que irá estudar a decisão judicial.
Seis associações tinham pedido, em maio de 2020, em Paris, que a rede social fosse alvo de uma perícia sobre estes procedimentos de controlo de discurso de ódio, considerando que o Twitter "falhava persistentemente" na sua obrigação de moderar os comentários dos utilizadores.
Na decisão, o tribunal ordenou ao Twitter internacional que entregue, a partir de maio de 2020, "todos os documentos administrativos, contratuais, técnicos ou comerciais relativos aos meios materiais e humanos aplicados no quadro do serviço para lutar contra a difusão de infrações de apologia de crimes contra a Humanidade, incitamento ao ódio racial, sexo, por orientação sexual, à violência, sexismo e atentados à dignidade humana".
Um porta-voz da rede social disse à agência France-Presse que o Twitter estava "plenamente empenhado em trabalhar com as associações para tentar encontrar um acordo no quadro da mediação".
"A nossa prioridade absoluta é garantir a segurança das pessoas que usam a nossa plataforma", acrescentou, precisando que a empresa se tem dedicado a "construir uma internet mais segura, a lutar contra o ódio ´online´ e a melhorar a serenidade da conversação pública".
As associações, por seu turno, dizem ter detetado vários casos de discurso de ódio entre 2020 e 2021, nomeadamente, mais recentemente, entre 20 e 23 de maio, "só 28 dos 70 tweets de ódio notificados foram retirados ao fim de 48 horas".
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