Apagão na internet foi causado por um único cliente a fazer atualização
Falha num servidor colocou offline várias páginas de meios de comunicação social e de entidades governamentais. Empresa resolveu problema em menos de 45 minutos.
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© Leon Neal/Getty Images
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Tech Fastly
O apagão que afetou dezenas de páginas de internet, a nível mundial, na terça-feira, foi causado por um único cliente a tentar atualizar as suas definições de página, indicou esta quarta-feira, ao Guardian, o fornecedor de serviços de internet norte-americano Fastly.
Nick Rockwell, responsável por engenharia e infraestrutura, explicou que a falha foi causada por um 'bug' que foi introduzido no código em meados de maio e que ficou dormente até terça-feira de manhã, quando o cliente - que não foi identificado - atualizou as suas definições e ativou o 'bug', que colocou offline cerca de 85% da rede do servidor.
"Detetamos a disrupção em um minuto, identificámos e isolámos a causa, e desativámos a configuração. Em 49 minutos, 95% da nossa rede estava a funcionar na normalidade", indicou o responsável, à mesma publicação.
Ainda assim, Rockwell admite que a empresa "devia ter antecipado" este tipo de falha, mesmo tendo sido espoletada por condições muito específicas. "Nós providenciamos serviços de importância crítica e tratamos qualquer ação que possa causar interrupções nos serviços com a maior sensibilidade e prioridade. Pedimos desculpa pelo apagão aos nossos clientes e àqueles que contam com eles e agradecemos à comunidade pelo apoio", afirmou.
Recorde-se que, por causa do erro, várias páginas de meios de comunicação social, de entidades governamentais, redes sociais e plataformas de compras em rede começaram a ficar offline por volta das 11h00, sendo que minutos antes a Fastly publicava um aviso sobre "impactos" nos serviços CND (canais de distribuição de conteúdos).
Às 11:44 a empresa indicava que o problema tinha sido identificado e que estava a encontrar uma solução.
Entre outros, estiveram afetados os serviços das publicações digitais dos jornais New York Times, The Guardian, Financial Times e Le Monde, além da plataforma Amazon.
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