O estudo, hoje divulgado em comunicado pela Universidade Estatal de Ohio, nos Estados Unidos, mapeou mais de 100 mil destes berçários em mais de 90 galáxias.
O trabalho, que será publicado na revista da especialidade Astrophysical Journal, baseou-se em observações feitas durante mais de cinco anos com o radiotelescópio ALMA, instalado no Chile.
"Cada estrela no céu, incluindo o Sol, nasceu num destes berçários estelares", afirmou, citado no comunicado, um dos coordenadores do trabalho de investigação, Adam Leroy, professor de astronomia na Universidade Estatal de Ohio.
A equipa aponta, ao contrário do que se pensava, que os berçários estelares não são todos iguais, duram um tempo relativamente curto em termos astronómicos e não são muito eficientes a "fabricar" estrelas.
Por exemplo, os berçários estelares tendem a ser mais densos e mais turbulentos nas galáxias maiores ou no centro das galáxias e, neles, a formação de estrelas é muito mais violenta.
Os autores do estudo sugerem que as propriedades destes berçários, e mesmo a sua capacidade de gerar estrelas, dependem das galáxias onde estão localizados.
De acordo com os resultados do trabalho, as nuvens de gás e poeira que formam estrelas duram 10 a 30 milhões de anos, período relativamente curto em astronomia.
Por outro lado, tanto a radiação como o calor das estrelas jovens dispersam e dissolvem as nuvens, possivelmente destruindo-as antes de estas converterem grande parte da sua massa.
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