Ataques informáticos cada vez mais sofisticados, frequentes e agressivos
O diretor da agência de cibersegurança dos EUA, Brandon Wales, avisou na terça-feira que ataques informáticos como o sofrido este fim de semana pela maior rede de oleodutos do país "são cada vez mais sofisticados, frequentes e agressivos".
© Shutter Stock
Tech Ataques informáticos
Durante uma audiência perante uma Comissão do Senado, Wales indicou que está à espera que a empresa proprietária da rede, a Colonial, lhe facilite a "informação técnica adicional sobre o que sucedeu exatamente" com esta rede, que transporta 45% do combustível até à costa leste do país.
A maior parte da atividade da rede de oleodutos parou na passada sexta-feira, quando começou este ataque por 'ransomware', através do qual um grupo de piratas informáticos - DarkSide, segundo a polícia federal (FBI, na sigla em Inglês) - bloqueou o acesso aos computadores da empresa e exigiu dinheiro pelo desbloqueio.
A rede transporta por dia 2,5 milhões de barris de gasolina, gasóleo e combustível de aviação, desde as refinarias do Golfo do México para o sul e o leste dos EUA.
Wales avisou que os piratas informáticos dedicam "tempo e recursos para investigar, roubar e explorar as vulnerabilidades, utilizando ataques mais complexos para evitar a deteção e desenvolver novas técnicas para atacar as cadeias de fornecimento de tecnologia de informação e as comunicações".
Na audiência, que decorreu na comissão de Segurança Nacional e Assuntos Governamentais do Senado, analisou-se principalmente o ataque informático conhecido como SolarWinds, detetado em dezembro.
Este ataque foi revelado pela empresa especializada em segurança informática FireEye, uma das maiores dos EUA, que informou que piratas vinculados a um governo de um país estrangeiro - as suspeitas centram-se na Federação Russa - conseguiram aceder aos seus sistemas e roubar material.
Os piratas informáticos conseguiram entrar em todo o tipo de sistemas através das atualizações de um programa popular da empresa de tecnologia norte-americana SolarWinds, chamado Orion, que tanto o governo como centenas de grandes empresas usam para monitorizar redes informáticas.
A diretora interina de segurança de informação do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Janet Vogel, assinalou, por seu lado, que há consciência no governo de que os adversários do país "já estão a desenvolver novas capacidades de pirataria informática" e advogou um trabalho conjunto entre as agências públicas e o setor privado.
Leia Também: Jerusalém: Biden apoia o "direito legítimo de Israel a defender-se"
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com