HBO divulga trailer de documentário sobre fenómeno conspiracionista QAnon
O documentário, dividido em seis partes, é produzido por Adam McKay e deverá estrear a 21 de maio.
© Robert Nickelsberg/Getty Images
Tech Qanon
A HBO partilhou esta quarta-feira o primeiro trailer da sua nova série documental 'Q: Into the Storm', que se debruça sobre o movimento conspiracionista QAnon, ligado ao ex-presidente norte-americano Donald Trump.
A série, dividida em seis partes, irá estrear apenas a 21 de maio, mas já é possível ver algumas imagens, com destaque para o recente ato de insurreição no Capitólio, em Washington D.C., onde estavam seguidores do movimento, e para várias personalidades de interesse no âmbito do tema, como Fredrick Brennan e Jim Watkins, respetivamente o fundador e o atual dono do fórum de internet 8chan, sítio já conhecido pela 'carta branca' a todo o tipo de discurso de ódio.
O realizador Cullen Hoback ('Terms and Conditions May Apply', 2013), que passou três anos a preparar a série, produzida por Adam McKay ('Vice', 2018), falou ainda com apoiantes do movimento, críticos e diversos jornalistas a seguir o fenómeno desde o seu surgimento, em 2017.
O documentário deverá incidir sobre a relação entre o QAnon, Donald Trump e antigos políticos e agentes de autoridade, incluindo também uma reflexão sobre a influência do movimento nas atmosferas política e social norte-americanas.
A QAnon, sublinhe-se, é uma teoria da conspiração da extrema-direita centrada na crença infundada de que Donald Trump está a fazer uma campanha secreta contra os inimigos de um alegado "Estado profundo" ("Deep State") e contra um círculo de tráfico sexual infantil dirigido por pedófilos e canibais satânicos - onde incluem líderes políticos e celebridades.
Em 2017, e ao longo dos dois anos seguintes, os seguidores debruçaram-se sobre um conjunto de pretensas pistas publicadas online, num canto obscuro da internet (Dark Web), por um alegado alto funcionário do governo norte-americano conhecido apenas como "Q", cuja verdadeira identidade é um mistério. O movimento, porém, foi adotado por determinada franja da sociedade, adotando várias das suas teorias da conspiração - algumas bastante rebuscadas.
A presença deste movimento nas redes sociais foi sendo limitada, até ser efetivamente banida pelo Facebook e depois pelo Twitter.
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