5G: Bruxelas pede à agência de cibersegurança para criar certificado
A Comissão Europeia pediu hoje à Agência da União Europeia para a Segurança Cibernética (ENISA) para criar um certificado de cibersegurança para as redes móveis de quinta geração (5G), visando evitar "vulnerabilidades técnicas" nesta tecnologia no espaço comunitário.
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"A Comissão encarregou a ENISA de preparar o esquema de certificação de segurança cibernética da UE para redes 5G, que ajudará a enfrentar os riscos relacionados com as vulnerabilidades técnicas das redes e a melhorar ainda mais a sua segurança cibernética", informa o executivo comunitário em comunicado.
Vincando que "a certificação desempenha um papel crítico no aumento da confiança e segurança em produtos e serviços digitais", a Comissão Europeia aponta existirem, atualmente, "vários esquemas de certificação de segurança para produtos informáticos, incluindo redes 5G, na Europa".
O objetivo é que a ENISA crie as bases para um "único esquema comum de certificação, que beneficiará as empresas para realizarem trocas comerciais além fronteiras e os clientes para melhor compreenderem as características de segurança de um determinado produto ou serviço", no que toca ao 5G.
Este passo enquadra-se na Lei de Segurança Cibernética, que estabelece um enquadramento legal europeu para a certificação como forma de colmatar eventuais riscos.
A Comissão Europeia apresentará, entretanto, o primeiro programa ao nível da União Europeia para esta certificação de cibersegurança.
Durante a anterior administração norte-americana, de Donald Trump, a fabricante chinesa Huawei foi severamente acusada pelos Estados Unidos de espionagem em equipamentos 5G, no seguimento de suspeitas sobre a instalação de 'back doors' (portas traseiras de acesso), o que a tecnológica rejeitou, reiterando a falta de provas.
A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China e esta acusação dos Estados Unidos visava, também, influenciar os países europeus, tendo deixado inclusive alguns mais céticos, como a Suécia.
Entretanto, a Comissão Europeia criou medidas para reforçar a cibersegurança no desenvolvimento das redes 5G, ao criar uma caixa de ferramentas para proteção deste tipo de infraestruturas, mas rejeitou estar contra ou a favor de qualquer fabricante ou país, querendo apenas salvaguardar a segurança desta tecnologia no espaço comunitário.
De acordo com o mais recente relatório do Observatório Europeu para o 5G, estrutura criada pela Comissão Europeia, em dezembro passado esta tecnologia estava já presente em 23 Estados-membros da UE, mais o Reino Unido.
Da lista não constava, porém, Portugal nem Chipre, Lituânia e Malta.
A quinta geração de sistemas de telecomunicações móveis e sem fios permite ligações ultrarrápidas e a conexão de um elevado número de dispositivos.
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