Facebook: Deteção de abusos de menores prejudicada por novas normas da UE
As novas normas da UE proíbem análises automáticas a mensagens privadas.
© Reuters
Tech Facebook
O Facebook 'desligou' algumas das suas ferramentas de deteção de abusos de menores na Europa, devido às novas normas implementadas pela União Europeia (UE).
De acordo com a BBC, a empresa disse não ter tido escolha em desativar alguns destes mecanismos, devido às novas diretrizes de privacidade da UE, que proíbem análises automáticas a mensagens privadas.
Ainda assim, os restantes instrumentos do Facebook destinados a identificar conteúdos ilegais ou relacionados com abusos de menores permanecem ativos.
"Tanto a UE como as maiores e mais poderosas empresas de tech do mundo não conseguiram encontrar uma forma de impedir isto. É um dia triste para as crianças europeias (...) Estamos a caminhar para um mundo estranho, no qual as leis sobre a privacidade e gestão de dados na Internet facilitam pedófilos a terem contacto com crianças ou pessoas a circularem e aguardarem imagens de menores a serem violados", disse John Carr, responsável pelo 'Children's Charities' Coalition on Internet Safety'.
A novas normas de privacidade estão previstas na Diretiva Privacidade e Comunicações Eletrónicas, da UE, que impõe regras mais rígidas sobre o uso de dados em serviços de comunicação que operam em países que fazem parte da UE. Segundo o documento, a diretiva tem como objetivo garantir a proteção dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos dos Estados-membros, nomeadamente, o direito à privacidade e à confidencialidade, no que respeita o tratamento de dados pessoais no sector das comunicações. As normas têm ainda como intuito assegurar a livre circulação desses dados e de equipamentos e serviços de comunicações eletrónicas na Comunidade.
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