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Cientistas apoiam investigadora de ética da I.A. despedida pela Google

Timnit Gebru diz ter sido despedida por discordar da política da empresa. Cientistas explicam que a investigação no ramo Inteligência Artificial (IA) está à mercê das grandes empresas tecnológicas, as únicas com meios.

Cientistas apoiam investigadora de ética da I.A. despedida pela Google
Notícias ao Minuto

20:30 - 07/12/20 por Notícias ao Minuto

Tech Google

A comunidade científica está a expressar apoio a Timnit Gebru, uma das principais investigadoras do ramo da ética na Inteligência Artificial (I.A) da Google, que diz ter sido despedida pela tecnológica.

Através de uma carta aberta, mais de 4.500 pessoas, incluindo investigadores e académicos, pedem transparência à empresa, segundo noticia a BBC.

Timnit Gebru, recorde-se, afirma que foi despedida por ter escrito e enviado um e-mail interno onde acusava a Google de "silenciar vozes marginalizadas", depois da empresa ter rejeitado um trabalho de investigação em que participou.

A Google, sublinhe-se, nega a versão contada por Gebru.

O desentendimento público, porém, levou a que muitas personalidades da comunidade científica colocassem em questão a ética de fazer investigação para grandes tecnológicas.

Tabitha Goldstaub, responsável pelo conselho para a I.A. do governo britânico, declarou apoio a Gebru. "Eu apoio a doutora Timnit Gebru. Ela é corajosa e brilhante e todos nós já beneficiámos do seu trabalho. Isto é outro exemplo do quão é importante investigação de I.A. independente, feita com fundos públicos", disse.

Julien Cornebise, professor honorário da University College London, disse que a "publicação seletiva" ocorreu historicamente na indústria do tabaco, da energia e das alterações climáticas. O docente explicou que é "importante" que os cientistas "tenham atenção para quem trabalham" porque "podem não ter controlo sobre como é usado ou publicado".

Porém, para os cientistas a trabalhar na I.A., empresas como o Facebook ou a Google são as únicas opções, porque são quem tem os recursos necessários. "É um monopólio da investigação neste ramo", disse Cornebise.

Leia Também: Google despede uma das principais investigadoras de ética da IA

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