ONG faz queixa contra a Apple após utilização de código de localização

A ONG austríaca NOYB anunciou hoje que apresentou queixa contra a Apple junto das autoridades de proteção de dados na Alemanha e Espanha por a marca utilizar nos seus telefones um código de localização para monitorizar o comportamento dos utilizadores.

apple, empresa

© Shutterstock

Lusa
16/11/2020 21:35 ‧ 16/11/2020 por Lusa

Tech

ONG

 

O código IDFA ('Identificador para Anunciantes') é utilizado pela Apple nos seus telefones "sem o conhecimento ou consentimento do utilizador", frisou, num comunicado, a NOYB - European Center for Digital Rights.

O IDFA é um tipo de "rastreador" que mapeia o utilizador do ´smartphone` enquanto este navega no telefone e fornece um código único que permite aos anunciantes sinalizar o código sem conhecer a identidade da pessoa.

"Tal como uma matrícula, esta sequência única de números e caracteres permite à Apple e a terceiros identificar utilizadores através de aplicações e até associar comportamentos ´online` e sobre telemóveis", sublinhou a organização dedicada aos direitos digitais.

O advogado da NOYB especializado em proteção da vida privada, Stefano Rossetti, considera o procedimento "uma clara violação da lei da privacidade da União Europeia".

"Embora a Apple tenha introduzido funções no seu navegador para bloquear ´cookies`, coloca códigos semelhantes nos seus telefones", acrescentou o advogado.

A Organização Não-Governamental (ONG) considera que as alterações recentemente anunciadas pela Apple para restringir a utilização do IDFA por terceiros não são suficientes.

"O IDFA não deve só ser restringido, como também removido permanentemente", insistiu Rossetti.

Entre os fundadores da NOYB encontra-se o advogado austríaco Max Schrems, que ganhou uma série de processos judiciais sobre privacidade na Internet.

Uma queixa apresentada por Schrems contra o Facebook em julho levou o Tribunal de Justiça Europeu a invalidar um mecanismo crucial para a transferência de dados pessoais da União Europeia para os Estados Unidos.

Em 2015, já tinha conseguido a anulação de um acordo semelhante entre Bruxelas e Washington.

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas