Facebook fecha página de partido neozelandês dois dias antes de eleições
O Facebook anunciou hoje que encerrou a página do partido neozelandês AdvanceNZ, dois dias antes das eleições gerais naquele país, acusando a formação partidária, que difundiu teorias da conspiração, de promover a desinformação sobre a pandemia.
© Reuters
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"Não permitimos que ninguém partilhe na nossa plataforma desinformação sobre a covid-19, o que seria suscetível de causar danos físicos de forma iminente", disse um porta-voz daquela rede social à agência de notícias France-Presse (AFP).
"Fechámos a página do Facebook 'Advance New Zealand/New Zealand Public Party' por repetidas violações desta política", acrescentou a mesma fonte.
A decisão foi condenada pelo fundador do partido, Billy Te Kahika, que acusou o Facebook de interferir no processo eleitoral.
Antigo guitarrista de 'blues', Billy TK, como também é conhecido, foi uma das surpresas da campanha eleitoral, destacando-se por propagar teorias da conspiração, incluindo a alegação de que a crise sanitária foi fabricada pelos governos para assumirem o controlo da população.
O líder do partido populista acusou a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, de estar por detrás da decisão da rede social.
"Não estamos na Coreia do Norte nem na China, mas essa é a impressão que a atitude do Governo dá", disse Billy Te Kahika, num vídeo divulgado na sua página pessoal do Facebook.
Agendadas inicialmente para 19 de setembro, as eleições gerais na Nova Zelândia acabariam por serem adiadas para 17 de outubro, devido ao ressurgimento em agosto da pandemia de covid-19 no país, anunciou então a primeira-ministra, Jacinda Ardern.
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