Esta é a primeira vez que o Facebook atua contra estas páginas, grupos e contas ligadas a esta teoria da conspiração.

O gigante das redes sociais fez este anúncio dentro da sua comunicação mensal sobre o "comportamento não autêntico coordenado" nas suas plataformas.

Esse é o termo do Facebook para contas falsas executadas com a intenção de perturbar eleições políticas e a sociedade de forma geral.

"Estamos a fazer progressos para erradicar esse abuso, mas, como dissemos antes, é um esforço contínuo", disse a empresa no seu relatório de abril sobre as atividades coordenadas.

"Isso significa construir uma tecnologia melhor, contratar mais pessoas e trabalhar mais estreitamente com a aplicação da lei, especialistas em segurança e outras empresas", referiu o documento do Facebook.

Além das contas QAnon, o Facebook também removeu contas vinculadas ao VDARE, um 'site' dos EUA conhecido por postar conteúdo anti-imigração, além de contas da Rússia, Irão, Mauritânia, Myanmar e Geórgia.

A QAnon é uma teoria da conspiração da extrema-direita centrada na crença infundada de que Donald Trump está a fazer uma campanha secreta contra os inimigos de um alegado "Estado profundo" e um círculo de tráfico sexual infantil dirigido por pedófilos e canibais satânicos.

Por mais de dois anos, os seguidores debruçaram-se sobre um conjunto emaranhado de pistas publicadas 'online' por um alegado alto funcionário do Governo norte-americano conhecido apenas como "Q".

A teoria da conspiração surgiu pela primeira vez num canto obscuro na internet, mas vem infiltrando-se na arena política dominante.

Trump publicou na sua página da rede social Twitter as contas de promoção da QAnon e os seus seguidores reúnem-se nos comícios do Presidente, vestindo roupas e chapéus com símbolos e palavras de ordem da QAnon.

O Facebook diz que encontrou a atividade QAnon como parte das suas investigações sobre suspeita de comportamento não autêntico coordenado antes das eleições presidenciais de 2020.