5G: "Estamos a fazer um tremendo progresso na UE" sobre a Huawei

O responsável pela política cibernética do Departamento de Estado norte-americano, Robert Strayer, considerou, em entrevista à Lusa, que está a ser feito um "tremendo progresso na União Europeia" relativamente à Huawei no 5G.

5G: "Estamos a fazer um tremendo progresso na UE" sobre a Huawei

© Reuters

Lusa
18/02/2020 20:44 ‧ 18/02/2020 por Lusa

Tech

Robert Strayer

O vice-secretário adjunto do Departamento de Estado para a comunicação cibernética e internacional e para a política de tecnologia de informação está em Portugal no âmbito do 5G (quinta geração móvel) e das questões de segurança que os Estados Unidos têm levantado em relação à chinesa Huawei, empresa que foi excluída por Washington.

Questionado se os Estados Unidos têm perdido os argumentos contra a Huawei na Europa, tendo em conta que países como o Reino Unido ou França não a excluíram das suas redes de 5G, embora tenham aplicado restrições, o responsável norte-americano afastou esse cenário.

"Já vimos algumas coisas acontecerem na Europa, vimos vários países a dizerem que não terão a Huawei no centro ['core'] das suas redes", argumentou Strayer, salientando que eles "reconhecem a preocupação significativa com a segurança da Huawei".

Além disso, há a 'caixa de ferramentas' ('toolbox') de segurança da União Europeia que refere que "nenhum fornecedor de alto risco deverá fornecer as principais funções críticas ou altamente sensíveis no limite", o que inclui todas as estações base e torres, prosseguiu.

"Portanto, estamos a fazer um tremendo progresso na União Europeia com vários países", os quais "há um ano e meio não estavam a excluir a Huawei da sua cadeia de fornecimento", salientou.

Apesar das restrições aplicadas à Huawei, esta continua a trabalhar nas redes de nova geração 5G.

Robert Strayer reconheceu isso, mas preferiu destacar como "enorme" o facto da tecnológica chinesa ter sido "excluída do 'core' por razões de segurança, por preocupações que o Partido Comunista chinês possa exigir à Huawei que tome medidas contra os seus interesses no 'core'", pelo que considerou que o "mesmo argumento deverá ser aplicado a toda a rede".

Questionado sobre as análises que apontam que a Huawei é a empresa mais bem preparada para a disputa do 5G, Robert Strayer afirmou que se trata de "uma falsa narrativa que tem sido conduzida pelo Partido Comunista chinês e pela própria" empresa, o que classificou de "muito egoísta".

O vice-secretário Adjunto do Departamento de Estado para a comunicação cibernética e internacional referiu que os Estados Unidos estão a desenvolver "dezenas de cidades atualmente utilizando apenas fornecedores fiáveis" como Ericsson, Nokia e Samsung.

"Por isso, não há razão para alguém precisar de usar a Huawei para economizar, no máximo, uma quantia limitada de dinheiro", considerou.

"Quando se olha para os custos totais, e o risco total da propriedade intelectual crítica e informação privada serem roubadas, não vale a pena correr o risco com o Partido Comunista chinês a controlar a rede 5G ou interrompendo a sua infraestrutura central", sublinhou.

"Temos estado a conversar com os países de todo o mundo sobre as nossas preocupações com segurança, sobre a importância de ter fornecedores confiáveis, que atendam aos critérios de virem de um país onde existe Estado de Direito e poder judicial independente", de modo a que a empresa possa recusar as exigências dos serviços de inteligência, ao contrário do que acontece na China, rematou.

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