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Huawei abre fábrica no Reino Unido e estuda mais opções na Europa

A Huawei comprou um terreno para instalar uma fábrica de fibra ótica de quinta geração (5G) no Reino Unido e está em conversações com outros países europeus para abrir mais espaços, visando também exportar daí equipamentos para África.

Huawei abre fábrica no Reino Unido e estuda mais opções na Europa
Notícias ao Minuto

14:17 - 14/12/19 por Lusa

Tech 5G

"<span class="nanospell-typo">Atualmente, aqui na sede, os patrões vão pensar em como e em que localizações poderemos ter centros de fabrico para [equipamentos de] 5G. São discussões em curso, ainda não existem decisões tomadas", disse o vice-presidente do departamento de comunicação corporativa da tecnológica chinesa, Karl Song Kai.

Falando durante uma visita de um grupo de jornalistas internacionais à sede da empresa, em Shenzhen, na China, o responsável frisou que "existem entidades externas independentes que estão a trabalhar" para a Huawei para avaliar opções para tais instalações, mas notou que esta ainda é uma iniciativa em "fase inicial".

Mais avançado está o projeto para a fábrica que a Huawei quer instalar no Reino Unido, ainda sem data prevista.

"Já comprámos um terreno em Cambridge para produção de equipamentos para redes de fibra ótica", precisou Karl Song Kai.

Fonte ligada ao processo indicou à Lusa que a compra deste terreno foi feita no ano passado.

Já fonte oficial da Huawei, contactada pela Lusa, escusou-se a precisar quando, a dimensão do terreno e qual a verba associada à compra, bem como a todo o projeto no Reino Unido e aos restantes na Europa.

Também relativamente às duas iniciativas, a fonte oficial disse não existirem datas estimadas: "Não há um prazo específico. A Huawei adota uma abordagem sustentável de longo prazo em relação à sua presença na Europa e está comprometida com investimentos responsáveis".

O anúncio foi feito numa altura em que a Comissão Europeia está prestes a adotar medidas para mitigar os riscos do 5G na União Europeia (UE), o que poderá afetar a operação da Huawei.

Falando aos jornalistas, na China, Karl Song Kai referiu que "todos os países europeus" estão a ser considerados para a instalação destas fábricas de equipamentos 5G, mas notou que um importante fator é "a disponibilidade de determinado país em receber a Huawei".

A esta acrescem questões como "os meios técnicos, a logística, as instalações, os recursos humanos", elencou.

O responsável frisou que "a Huawei quer resolver a preocupação dos europeus relativamente aos equipamentos", razão pela qual a quer "ter estas fábricas nestas localizações na Europa para os europeus".

"Talvez não seja apenas para a Europa, mas também para África, porque o transporte é muito mais fácil do que da China para lá", avançou Karl Song Kai.

Além de estar presente nos países europeus, a Huawei tem uma grande operação em África, sendo uma das tecnológicas que mais investe no continente, em países como Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, num total de mais de 40.

Assumida como uma prioridade europeia desde 2016, a aposta no 5G já motivou também preocupações com a cibersegurança, tendo levado a Comissão Europeia, em março deste ano, a fazer recomendações de atuação aos Estados-membros, permitindo-lhes excluir empresas 'arriscadas' dos seus mercados.

Bruxelas pediu, também nessa altura, que cada país analisasse os riscos nacionais com o 5G, o que aconteceu até junho passado, seguindo-se agora a adoção de medidas comuns para mitigar estas ameaças, até final do ano.

Questionado pela Lusa se estes investimentos na UE estão dependentes das novas regras de Bruxelas, Karl Song Kai garantiu serem "coisas independentes".

"Independentemente do que acontecer, vamos continuar a investir na Europa", assegurou.

Ainda assim, fonte ligada ao processo disse à Lusa que a Huawei está a aguardar a divulgação das medidas para avaliar se avança.

Quanto à posição da UE sobre as ameaças do 5G, Karl Song Kai falou numa abordagem "baseada em factos, em verificação e em testes".

"Pensamos que, neste momento, não existem restrições [a serem consideradas] para um determinado país, como a China. Essa é uma abordagem norte-americana, não a europeia", concluiu o também antigo presidente executivo da companhia em França e nos Estados Unidos.

A fabricante chinesa Huawei está no centro da polémica por alegada espionagem em equipamentos 5G, no seguimento de suspeitas lançadas pelos Estados Unidos sobre a instalação de 'back doors' (portas traseiras de acesso ilegal), o que a tecnológica tem vindo a rejeitar, reiterando a falta de provas.

A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China. De um total de 65 licenças que a empresa detém para o 5G, mais de metade são para operadoras europeias.

A Huawei é uma das maiores fornecedoras de equipamentos para telecomunicações do mundo, estando presente em 170 países e regiões com um total de 194 mil funcionários, quase metade engenheiros, e cerca de três mil milhões de clientes.

Em 2018, registou vendas de 721,2 mil milhões de yuan (mais de 90 mil milhões de euros).

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