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Investigadores encontram "planeta improvável" em estrela gigante vermelha

Uma equipa internacional, liderada por um investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), no Porto, estudou duas estrelas gigantes vermelhas e, numa delas, descobriu um "planeta improvável", foi hoje anunciado.

Investigadores encontram "planeta improvável" em estrela gigante vermelha
Notícias ao Minuto

13:01 - 29/10/19 por Lusa

Tech Espaço

Em comunicado, o IA explica que a descoberta, publicada hoje no "The Astrophysical Journal", surge de um estudo sobre duas estrelas gigantes vermelhas - a HD 212771 e a HD 203949 -- à volta das quais já se sabia que existiam "exoplanetas".

"A investigação estudou duas estrelas gigantes vermelhas à volta das quais se conheciam exoplanetas, e numa delas encontrou um planeta aparentemente improvável", adianta o IA.

Para estudar estas duas gigantes vermelhas, os investigadores recorreram a dados de asterossismologia (ciência que estuda o interior das estrelas através da atividade sísmica medida à superfície -- oscilações) recolhidos através do satélite TESS (NASA).

Com estes dados, os investigadores conseguiram determinar as propriedades físicas das duas estrelas, como a massa, tamanho e idade, mas acabaram por "focar" a sua atenção na estrela HD 203949 devido ao "estado revolucionário" da mesma.

"O objetivo era perceber como é que o seu planeta conseguiu evitar ser engolido pela estrela", refere o IA.

Citado no comunicado, Vardan Adibekyan, um dos coautores do artigo, explica que a "solução para este dilema científico" remete para o facto de as estrelas e os seus planetas "evoluírem em conjunto".

"Neste caso particular, o planeta conseguiu evitar ser consumido", frisa Vardan Adibekyan, para quem este estudo é a "demonstração perfeita" de que a astrofísica estrelar e a exoplanetária estão "ligadas".

"A análise da estrela parece sugerir que a estrela é demasiado evoluída para ainda ter um planeta numa órbita tão próxima, mas a análise exoplanetária mostra que o planeta está lá", salienta.

Também Tiago Campante, o investigador da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) que liderou a investigação, afirma que só foi "possível" detetar as oscilações porque o satélite TESS tem "precisão suficiente para medir as pulsações à superfície das estrelas".

"Estas estrelas relativamente avançadas na escala evolutiva têm planetas em redor", proporcionando um "laboratório de testes" ideal para estudar a evolução de sistemas planetários", concluiu o investigador.

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