Arianespace pede ambição institucional nos projetos espaciais europeus
A multinacional de lançamentos espaciais Arianespace reclamou hoje "nova ambição" das instituições europeias em programas espaciais para depender menos de lançamentos comerciais e ganhar mais visibilidade.
© Arianespace
Tech Espaço
O presidente da empresa, Stéphane Israel, afirmou hoje em Paris que a Arianespace está "exposta ao mercado" como nenhuma outra congénere, contando com seis lançamentos comerciais em sete feitos este ano.
No entanto, a maioria dos 61 lançamentos para o espaço de 2019 foi feito por conta de governos ou forças armadas: dos 19 lançamentos feitos nos Estados Unidos, dois terços serviram para missões da agência espacial norte-americana ou militares, tal como 13 dos 14 lançamentos russos.
Israel defendeu que seria desejável uma contribuição maior da Europa para as missões espaciais com a empresa europeia, "especialmente [o foguetão] Ariane 6", que deverá ter o seu voo inaugural em 2020.
A Agência Espacial Europeia já se comprometeu a fazer cinco lançamentos com os Ariane 6 e Vega C.
Nos Estados Unidos, o orçamento para o espaço aumentou de 48 mil milhões para 60 mil milhões de dólares previstos para 2020, o que "justifica totalmente uma nova ambição institucional europeia".
O presidente da Arianespace reconheceu que "os créditos não são infinitos" para os projetos europeus, mas saudou o orçamento de 16 mil milhões de euros previsto pela Comissão Europeia para o programa espacial entre 2021 e 2027.
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