Panasonic: Operações com Huawei que não violam restrições mantêm-se
A multinacional eletrónica japonesa Panasonic afirmou hoje que as operações de negócio com a chinesa Huawei que não violam as restrições colocadas pelos Estados Unidos mantêm-se, de acordo com a BBC e o Financial Times.
© Reuters
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Anteriormente, tinha sido avançado que a Panasonic iria cortar o fornecimento de componentes à fabricante de telecomunicações chinesa Huawei, na sequência da 'guerra' dos Estados Unidos contra a empresa, no âmbito do arranque do 5G (quinta geração móvel), com Washington a acusá-la de espionagem.
De acordo com o Financial Times (FT), a Panasonic deverá suspender o fornecimento de "alguns componentes" para a Huawei que estejam debaixo da alçada da restrições colocadas pelos Estados Unidos, no mais recente 'ataque' de Washington à fabricante de telemóveis.
Depois de uma informação anterior, que agitou o mercado, a Panasonic veio agora dizer que as suas operações de negócio com Huawei que não violam a interdição norte-americana "mantêm-se".
Na semana passada, os Estados Unidos colocaram a Huawei na 'lista negra' das entidades com quem as empresas norte-americanas não podem ter relação comercial, a não ser que tenham licença.
"A Panasonic anunciou numa comunicação interna de que iria suspender as transações com a Huawei e suas 68 afiliadas que foram banidas pelo Governo norte-americano", adiantou a empresa nipónica, num comunicado enviado à BBC.
Mas, posteriormente, a multinacional tecnológica japonesa adiantou que as operações comerciais continuam normalmente, desde que não violem as medidas de Washington, sendo que a "Panasonic vai continuar a obedecer estritamente às leis e regulações dos países e regiões" onde tem negócios, de acordo com a BBC.
Entretanto, o grupo também japonês Toshiba decidiu interromper o envio de componentes eletrónicos para a Huawei, de forma a cumprir as disposições de Washington, no âmbito da 'guerra fria' tecnológica entre os Estados Unidos e China.
Na quarta-feira, o operador de telecomunicações britânico Vodafone disse que iria suspender temporariamente a compra de telemóveis 5G da Huawei.
"Suspendemos as compras de Huawei Mate 20X no Reino Unido", disse, na altura, à France Presse um porta-voz do grupo Vodafone, que afirmou que se trata de "uma medida temporária enquanto há tantas incertezas em torno dos novos modelos 5G da Huawei".
A detenção da diretora financeira da Huawei no início de dezembro, no Canadá, a pedido dos Estados Unidos, colocou a tecnologia 5G no centro da agenda global, com Washington a pressionar a Europa a 'banir' a operadora chinesa.
Wanzhou Meng, de 46 anos, é filha do fundador da Huawei e foi detida depois de os Estados Unidos terem pedido a sua extradição por alegadamente ter violado as sanções impostas pelas autoridades norte-americanas contra o Irão.
Da violação das sanções às questões de segurança, passando por espionagem, foi um salto, abrindo um braço-de-ferro entre os Estados Unidos e a China.
As preocupações escalaram e a Comissão Europeia manifestou preocupações no que respeita à segurança das redes fornecidas, esperando-se que no final de junho seja conhecido um conjunto de recomendações neste âmbito, após o envio, por parte de cada Estado-membro, das suas contribuições.
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