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Fake news: Campanhas de desinformação ainda por detetar na Europa

O embaixador português para a ciberdiplomacia afirmou hoje que até agora "ainda não foram detetadas campanhas de desinformação graves" pelo novo sistema de alerta rápido europeu, "a 15 dias das eleições" para o Parlamento Europeu.

Fake news: Campanhas de desinformação ainda por detetar na Europa
Notícias ao Minuto

18:25 - 07/05/19 por Lusa

Tech Ciberdiplomata

Luís Barreira de Sousa, em audição conjunta pelas comissões parlamentares de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, de Assuntos Europeus e de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, explicou a atual situação do "plano de ação contra a desinformação aprovado pelo Conselho da União Europeia (UE)" e os seus "quatro pilares".

"Não apareceram ainda campanhas de desinformação graves, com muita importância, de interesse coletivo e que tenham merecido intervenção, a 15 dias das eleições. Até à data só apareceram de âmbito sub-regional", disse.

O diplomata garantiu tratar-se de "um grande instrumento de combate à desinformação", embora admitindo que possam ter existido "algumas" campanhas de desinformação ou de denominadas 'fake news' (notícias falsas) que não tenham sido partilhadas por alguns estados-membros.

"Estamos todos conscientes de que vai demorar algum tempo até que se desencadeie uma partilha maior de informação (entre estados-membros). Está dependente da confiança. Nem todos os países têm serviços de comunicação estratégica. O fluxo de informação ainda não é muito grande. Ainda estamos numa fase anterior da identificação de campanhas de desinformação de origem externa", continuou.

Barreira de Sousa referia-se ao sistema de alerta rápido da UE para 'fake news', um dos "dois pilares institucionais" do plano de ação da UE, que começou a funcionar em 18 de abril e pelo qual foi nomeado responsável em Portugal pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

"O sistema de alerta rápido está a funcionar", assegurou o embaixador, perante as dúvidas levantadas por deputados como o social-democrata José Carlos Barros, o socialista José Magalhães ou o bloquista José Manuel Pureza, acrescentando que "a concretização do plano de ação exige a colaboração de outras pessoas e instituições".

O ciberdiplomata elogiou a proatividade das plataformas digitais e o seu cumprimento do "código de prática", nomeadamente da rede social Facebook, por exemplo, a qual revelou ter eliminado 700 milhões de contas/perfis falsos por trimestre em 2018, mas sem uma noção ou rigor muito exatos em termos de números.

"Até setembro deste ano, a Comissão Europeia vai fazer uma avaliação e decidir se continua a apostar na autorregulação (por parte das plataformas digitais) ou passar para a regulação, seja pelos estados-membros, seja pela União Europeia", completou.

A deputada democrata-cristã Vânia Dias da Silva questionou Barreira de Sousa sobre um memorando estabelecido entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros português e a Rússia e se continha algo sobre combate à desinformação.

"O ciberespaço não faz parte dos nossos assuntos. Não é matéria que faça parte da agenda do diálogo protocolar com a Rússia", afirmou o diplomata.

A comunista Diana Ferreira colocou em causa a "estratégia de propõe fortes limitações à informação", nomeadamente em termos de defesa da liberdade de expressão e do jornalismo de investigação, mas o embaixador português para a ciberdiplomacia defendeu que o ciberespaço foi criado à semelhança das "sociedades abertas".

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