Huawei acredita que I.A. vai trazer pesquisa personalizada

O presidente executivo (CEO) da Huawei, Ken Hu, previu hoje que a inteligência artificial irá colocar o utilizador no "centro", dotando-o de maior compreensão daquilo que vê e sistemas de pesquisa personalizados.

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Lusa
16/04/2019 11:45 ‧ 16/04/2019 por Lusa

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Ken Hu

"Não iremos mais precisar de fazer buscas: tudo aquilo que queremos virá ter connosco", descreveu, sobre um sistema que designou como 'zero search' ("pesquisa zero", em português), e que previu irá substituir os motores de busca convencionais e aplicações.

Ken Hu, que falava durante a 16.ª edição do Huawei Analyst Summit, que decorre em Shenzhen, Sul da China, considerou que aquela nova experiência será proporcionada pela Internet das Coisas [IoT] e a inteligência artificial, que permitirão apurar as preferências e necessidades do utilizador em tempo real.

"Não precisaremos de controlo remoto, a interação será livre de botões: vamos interagir com as máquinas e o mundo digital de uma forma totalmente diferente", disse.

"Os nossos olhos, mãos e mente estarão livres", acrescentou.

O executivo falou ainda de uma "supervisão", em que a inteligência artificial permitirá ao utilizador "entender tudo aquilo que vê" como apenas os especialistas de cada área o fazem.

"A 'pesquisa zero' e a supervisão são apenas dois exemplos", realçou.

E previu que, em 2025, 97% das grandes empresas e 77% das aplicações usarão inteligência artificial.

"Com o nosso investimento estratégico em inteligência artificial, estamos confiantes em liderar esta corrida", disse.

O responsável considerou que estas novas experiências serão apenas possíveis através da maior conectividade proporcionada pelas redes de quinta geração móvel (5G).

"O 5G não é apenas mais rápido do que o 4G [quarta geração móvel]: é uma revolução na conectividade, que tornará tudo possível 'online', em qualquer altura, proporcionando uma conectividade verdadeiramente omnipresente", disse.

As redes sem fio 5G destinam-se a conectar carros autónomos, fábricas automatizadas, equipamento médico ou centrais elétricas.

A passagem de um mundo digital "fragmentado" para um de "total conectividade" vai colocar o utilizador no "centro", defendeu Ken Hu.

Será "uma experiência digital inteligente, com todos os dispositivos conectados", descreveu.

O responsável revelou que a empresa vendeu já 45.000 estações base para o 5G e que espera que 6,5 milhões de estações tenham sido implantadas em todo o mundo, até 2025, abrangendo 2.800 milhões de pessoas.

O chefe de pesquisa estratégica da Huawei, William Xu, explicou ainda que a empresa quer aprender com a natureza e que está a investigar armazéns de dados de DNA para se inspirar sobre como aumentar os limites de capacidade de armazenamento.

O 'chefe' de investimentos da empresa, David Wang, apontou que o 5G reduzirá os tempos em que a tecnologia atingirá a sua capacidade máxima, para três anos, bem mais rápido do que as revoluções industriais anteriores.

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