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YouTube terá ignorado pedidos de colaboradores para remover vídeos falsos

Liderança tinha meta de chegar às mil milhões de horas de visualização de vídeos.

YouTube terá ignorado pedidos de colaboradores para remover vídeos falsos
Notícias ao Minuto

08:45 - 03/04/19 por Miguel Patinha Dias

Tech Toxicidade

Uma investigação levada a cabo pela Bloomberg revela que o YouTube terá ignorado apelos de colaboradores para remover vídeos falsos e tóxicos, mesmo depois de as equipas internas submeterem propostas para impedir a disseminação de conteúdo extremista ou teorias da conspiração.

O objetivo da liderança do YouTube terá sido simplesmente aumentar a interação na plataforma e chegar às mil milhões de horas de visualização por dia. A CEO Susan Wojcicki terá decidido manter-se afastada da questão da desinformação, uma vez que a sua única função era “gerir a empresa”.

A investigação da Bloomberg teve a participação de mais de 20 colaboradores e ex-trabalhadores do YouTube. Um desses colaboradores afirma ter submetido uma proposta em 2016 que removeria vídeos falsos identificados do separador de recomendação. A empresa rejeitou a sugestão e continuou a recomendar os vídeos, desencorajando no processo que os colaboradores fora da equipa de moderação procurassem por conteúdo tóxico.

Ao longo do último ano, o YouTube tem sido cada vez mais chamado a controlar o tipo de vídeos que permite na sua plataforma mas, mesmo que tenham sido implementadas algumas regras, ainda há trabalho a fazer.

Leia mais: Nova Zelândia: YouTube retira "dezenas de milhares" de vídeos do ataque

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