Universidade de Macau desenvolverá rede 5G no território
A Companhia de Telecomunicações (CTM) anunciou hoje um lucro de 941 milhões de patacas (103 milhões de euros) em 2018 e assinou um protocolo com a Universidade de Macau para desenvolver a tecnologia 5G no território.
© Reuters
Tech Telecomunicações
O responsável da CTM, Vandy Poon, e o reitor da Universidade de Macau, Song Yonghua, assinaram um acordo de colaboração na área da investigação e desenvolvimento da tecnologia 5G em Macau, a grande aposta da empresa no próximo ano.
Em conferência de imprensa, a empresa salientou que "2019 vai ser um ano importante para o desenvolvimento do 5G" e garantiu estar preparada para a construção da rede em Macau, de forma a contribuir para a criação de uma cidade inteligente.
Por outro lado, responsáveis da operadora de telecomunicações, como o seu diretor executivo, Vandy Poon, asseguraram que uma das prioridades da CTM passa pela sua participação no projeto da Grande Baía, o projeto de criação de uma metrópole mundial que junta Macau, Hong Kong e nove cidades da província chinesa de Guangdong.
Em causa está a possibilidade da CTM avançar para um 'mercado' de 70 milhões de habitantes e com um Produto Interno Bruto que ronda os 1,3 biliões de dólares, maior que o PIB da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20.
Com esta aposta, a CTM quer ajudar a "desenvolver Macau num centro mundial de turismo e lazer e numa plataforma de cooperação comercial entre a China e os países lusófonos", de forma a promover uma economia diversificada, segundo a própria empresa.
Em 19 de setembro do ano passado, a CTM tinha inaugurado em Hong Kong o primeiro centro de dados fora do território, um investimento focado na expansão da empresa e no reforço dos projetos da Grande Baía e Macau Digital.
"O que torna especial este projeto é que somos os primeiros a ser aprovados pelo Governo [de Macau]" e pelo Gabinete de Proteção de Dados fora do território, sublinhou então Vandy Poon à Lusa.
O reforço da segurança no 'backup' de dados e na capacidade de recuperação dos mesmos, devido à redundância de uma rede que funciona em dois locais diferentes, em Macau e, agora, em Hong Kong foi apresentado com "uma grande vantagem para as pequenas e médias empresas", algo que o risco associado a fenómenos como os tufões Hato e Mangkhuto veio salientar, enfatizou o responsável da CTM.
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