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França decide sobre atribuição de frequências 5G no início de 2020

Governo francês só vai decidir sobre atribuição de frequências 5G no início de 2020, o que pode atrasar o país face ao calendário, numa altura em que surgem reticências por parte das autoridades face à espionagem estrangeira.

França decide sobre atribuição de frequências 5G no início de 2020
Notícias ao Minuto

09:55 - 24/03/19 por Lusa

Tech Regulador

"A ARCEP [regulador francês para as telecomunicações] estabelecerá um caderno de encargos que será homologado até ao outono. Os leilões das frequências vão ser lançados para as atribuições já desde o início de 2020", afirmou a secretária de Estado das Telecomunicações, Agnès Pannier-Runacher, numa entrevista recentemente dada ao jornal Le Figaro.

Estas declarações estão alinhadas com o plano apresentado pela ARCEP. O regulador francês prevê para durante este ano vários projetos piloto nas principais cidades francesas, o apelo às candidaturas para a atribuição de frequências no final de 2019, a publicação das decisões no início de 2020 e a abertura das frequências durante o ano de 2020.

A nível europeu, 2019 é o ano em que as frequências 5G (rede móvel de quinta geração) devem estar já atribuídas, algo que pode deixar a França em desvantagem.

No entanto, os dois calendários, francês e europeu, mostram 2020 como o ano da abertura comercial desta nova tecnologia.

Um ligeiro atraso que parece não inquietar Agnès Pannier-Runacher: "Há que respeitar um equilíbrio entre as questões orçamentais do Estado e as capacidades dos operadores para adquirirem uma frequência e depois passarem a geri-la e a desenvolvê-la", indicou ainda a governante ao Le Figaro.

Atualmente, há 25 projetos-piloto ativos de Norte a Sul de França, liderados pelas principais empresas de telecomunicações.

Um destes projetos situa-se na cidade de Toulouse e envolve a cooperação entre dois 'gigantes': a empresa francesa de telecomunicações SFR -- que integra o grupo da Altice -- e a empresa aeronáutica Airbus.

Na mesma entrevista ao jornal francês, a secretária de Estado garantiu que estas experiências servem para "identificar possibilidades de oferta nestas frequências e encontrar as novas utilizações que o 5G vai permitir".

Devido ao valor estratégico do 5G, os operadores franceses rejeitaram desde o início trabalhar com determinadas empresas, nomeadamente com o fabricantes de telemóveis e equipamento chinês Huawei, com receio de que essas parcerias fossem mal recebidas pelo executivo francês.

Assim, no início deste ano, e sem mencionar o 'gigante' chinês, as autoridades francesas adicionaram mesmo uma emenda na lei sobre o crescimento e transformação das empresas.

Cabe agora ao primeiro-ministro dar a autorização para os operadores instalarem equipamentos de redes rádio elétricas de modo a "preservar os interesses da defesa e da segurança nacionais", pode ler-se na lei.

Mesmo sem mencionar a intervenção de empresas estrangeiras, nomeadamente da Huawei, na construção do 5G em França, o Governo mostra-se assim preocupado com a possibilidade de esta nova rede móvel ser uma porta de entrada para a ciberespionagem das grandes potências.

Além de ser o maior produtor mundial de telemóveis, a Huawei produz também antenas e outros equipamentos-chave para a instalação do 5G.

O 'gigante' chinês não ficou em silêncio e o líder da empresa em França, Weiliang Shi, disse ao jornal Les Echos no final de fevereiro que a Huawei "nunca teve qualquer problema de cibersegurança", que se trata de "uma empresa normal" e independente do Governo chinês, não havendo assim razão para ser afastada da instalação do 5G em França.

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